quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Natal Virou Piada!!!


Mais um Natal chegando. Muitos falam do “Espírito do Natal”, mas o que é exatamente este “espírito”? Infelizmente o Natal tem perdido o sentido, e o tal “espírito” tem se resumido a um apelo de consumo. Neste clima natalino somos movidos muito mais por dar e receber presentes do que sentimentos mais nobres. Espírito? Não, Fantasma!
Fantasma das compras exageradas, das dívidas adquiridas e do estresse causado por isso. Quem ainda não disse este mês que tá cansado e que está uma “correria”? Correria de compras... E o espírito? Não sei por onde anda, mas o fantasma.. Ah... o fantasma!
O fantasma que assusta as pessoas com a ilusão de que o TER é mais importante que o SER. O fantasma que diz que as pessoas devem ser boas, generosas... (dando presentes comprados em lojas!) Mas só no Natal?? E o resto do ano? Só no Natal as pessoas resolvem lembrar dos outros e dizer que as amam com um presente?
Claro que é uma delícia dar e receber presentes, mas porque só no Natal? Só por causa do “espírito natalino”? Papai Noel é uma enganação. Natal virou piada. Uma festa onde o exagero está presente nas comidas, bebidas e consumo desenfreado. A única coisa que ainda vejo de boa é que as famílias se reúnem.
Se reúnem, comem, bebem, dão presentes, se abraçam, dizem “Feliz Natal!” e depois? Cada um cuida da sua vida até o outro natal. Bom, pelo menos um dia por ano a confraternização familiar acontece!! Infelizmente em muitas famílias é só isso... é apenas um ritual onde se come, bebe e dá presentes. Nem vou entrar aqui no mérito religioso da data, até porque, Jesus essa hora, já era! O negócio mesmo é um velho de barba, gordo e que usa uma roupa vermelha estranhíssima e que só aparece no Natal. Mas quando um problema aparece na vida, não vi ninguém rezando pro Papai Noel! É em Deus que as pessoas buscam auxílio.
Para o seu Natal com sua família não virar essa piada também, faça diferente: distribua sorrisos, compreensão, atitude, generosidade, elogios, perdão... AMOR!! Tenha um gesto solidário, faça as pazes ou diga a alguém o quanto ela é importante na sua vida. Tenha tempo para escutar...
Uma vez houve um Natal inesquecível em minha família... não pelos presentes, mas pelas palavras de amor distribuídas naquela noite! O sentimento de proximidade e amor invadiu aquela casa inexplicavelmente. Foi melhor que qualquer presente.
Faça do seu Natal em família diferente este ano. E que o amor, o perdão e a espiritualidade ocupe seu devido lugar no seu coração. E Feliz Natal!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Páginas em Branco


Outro dia num grupo de amigas, uma pessoa fez uma brincadeira, trazendo um livro com um título pra lá de interessante: “A Vida Sexual da Mulher depois dos 50”. Sendo que estavam ali várias mulheres, todas ficaram curiosas para saber do que se tratava. E para nossa surpresa, as páginas do livro estavam em branco. Uma simpática brincadeira em que todas comentaram e riram. Mas o que me chamou a atenção em tudo isso é que uma das presentes disse: “Me dê aqui este livro! Se não tem nada escrito, eu vou escrever!

Esta atitude me surpreendeu muito. Havia alguém que não se conformou com o que estava ali, posto, pronto. Houve alguém que, mesmo na brincadeira, trouxe o surpreendente: a possibilidade de mudança, de construção, da não acomodação.
Isto me fez pensar a respeito do que fazemos com a nossa vida. Será que nos conformamos com aquilo que está posto, pronto, com a realidade que conhecemos? Ou estamos dispostos a escrever nossa própria história, como um livro em branco, pronto para receber nossos sonhos, projetos e ações?

Por vezes nos acostumamos a simplesmente aceitar a vida como ela se apresenta, a seguir em frente, a “deixar o barco correr”. E por vezes reclamamos que nossa vida não está da maneira que sonhamos. Mas será que estamos escrevendo nossa própria história? Será que estamos realmente fazendo nossa vida acontecer? Ou estamos deixando que as situações ou que outras pessoas escrevam nossa história? E as vezes usamos estas mesmas pessoas como responsáveis pela mediocridade da nossa vida.

A vida é um livro que deve ser escrito por nós. Este livro se escreve com sonhos, com planejamentos, com atitudes, decisões e com comprometimento com a própria história. É preciso coragem, atitude e determinação para isso. Pode até ser mais fácil deixar a vida correr, deixar as coisas acontecerem. Mas é mais bonito e satisfatório fazermos nossa história acontecer. Um dia eu li uma frase do filósofo Foucault que me impactou muito: “Cada um faça da sua vida uma obra de arte”.
Bom... escolhi fazer a minha obra de arte, que é única. E como está a sua história? Faça dela uma obra de arte também!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Problema de Criança


Todos acham que crianças não tem problemas. Na verdade, elas tem sim. Se você parar um pouquinho e olhar para sua infância vai dizer que a vida era muito melhor? Será?
Comparado à exigências e responsabilidades dos adultos e analisando pelas capacidades e maturidade adquirida com o tempo, podemos afirmar que a vida infantil é muito mais fácil. Mas se olharmos do ponto de vista das crianças, elas enfrentam desafios todos os dias: de aprender o que é certo e errado, de superar os medos, não saber o que fazer quando há um problema na família, e por aí vai.
E engana-se quem acredita que as crianças não tem problemas nem responsabilidades, e que sua vida é só brincar.
Elas tem responsabilidades sim: estudar, fazer as tarefas, ter respeito com outras crianças e adultos. Elas também podem ajudar em pequenas tarefas em casa (conforme a idade) como arrumar os próprios brinquedos ou o quarto, enxugar uma louça, etc. Não há nada de errado em as crianças fazerem e terem responsabilidades em casa, desde que suas atividades sejam adequadas para sua idade e que não a impeçam de estudar e de ter um tempo para brincar.
Mas as crianças enfrentam medos, dificuldades, inseguranças. Mesmo que para o olhar do adulto sejam preocupações “bobas”, se olharmos pelo ponto de vista da criança, são medos e dificuldades reais. Adquirimos, como adultos, maturidade e conhecimento para enfrentar nossos medos atuais, por enfrentar dificuldades quando crianças. Pelas dificuldades crescemos. Estamos sempre crescendo. Então é fácil olhar para as dificuldades infantis com a maturidade do adulto. Mas e do ponto de vista das crianças?
As crianças utilizam da brincadeira para entender seu mundo, recriando num espaço que elas podem controlar situaçoes vividas, recriar, viver diferentes papéis e integrar as novas vivências. Esta é a importância da brincadeira, pois se olharmos ela mais a fundo, é coisa séria! Assim, justifica-se a importância de as crianças terem tempo para brincar.
Mas ter tempo para brincar não exclui que aos poucos ela aprenda a ter responsabilidades e limites. Isso é imprescindível para que ela possa futuramente viver o mundo adulto de maneira segura e satisfatória.
Saiba compreender as dificuldades e medos dos seus filhos. Tenha tempo para estar de verdade com eles. Saiba acolhê-los e orientá-los, estar perto quando precisarem que alguém os defenda. Corrija-os quando estiverem errados. Estas lições ficam pra toda a vida. E que o FELIZ DIA DAS CRIANÇAS não seja apenas um presente entregue, mas um pai/mãe PRESENTE e compreensivo nas dificuldades e vitórias de seus filhos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eu Adoro Minha Televisão...



 
Eu adoro a minha televisão
Ela me conta as coisas como elas são
Se as coisas vão mal
é só mudar de canal
Eu adoro a minha televisão
Ela é: meus olhos, meu coração
(Capital Inicial)

Você tem acompanhado o que seus filhos andam assistindo na televisão? Sabe do conteúdo dos jogos de vídeo-game que eles jogam?
Creio que muitos pais vão me responder que sim. Mas será que realmente você já refletiu a respeito da “diversão” que as crianças tem em casa?
Outro dia resolvi assistir um pouco de um canal de desenhos de uma TV por assinatura. Confesso que aqueles desenhos me enojaram. Não pela qualidade gráfica (que é excelente comparada aos desenhos infantis da década de 70 e 80) mas pelo denso conteúdo que eles traziam. Um dos desenhos falava sobre um garoto que era humilhado e maltratado pelas irmãs, e achava isso bonito. Outro, o personagem principal “sacaneia” gratuitamente os outros e se dá bem no final. Que valores estes programas estão passando?
E não somente os desenhos. As novelas em horário nobre, apresentando cenas explícitas de sexo, violência e crueldade. Ou pior ainda, personagens como a travesti “Valéria” do “Zorra Total” é admirada e faz o maior sucesso ao humilhar repetidamente uma colega a quem, inocentemente, a tem como amiga. Sinceramente, qual é a graça nisso?
Vejo hoje que valores como honestidade, amizade, sinceridade, bondade e generosidade estão indo pro lixo. Vejo crianças crescendo absorvendo estas ideias transmitidas pela televisão sem critério algum. Algumas jogam videogames inapropriados para sua idade, com violência, armas ou até mesmo em jogos em que para ganhar você tem que roubar carros, atropelar pessoas inocentes e matar policiais.
Que crianças estamos criando? Que sociedade que estamos vivendo?
Quanto tempo sua televisão fica ligada na sua casa transmitindo valores ruins? Quanto tempo tens perdido com programas que não acrescentam nada de bom na sua vida e de sua família?
Precisamos selecionar melhor o que estamos assistindo. Precisamos acompanhar o que as crianças estão vendo e aprendendo. Com critérios, com reflexão a respeito, com ensinamentos do que é certo e do que é errado.
A televisão nos traz muita porcaria, mas muita coisa boa também. Cabe a nós selecionarmos o que queremos trazer para nossa vida e de nossos filhos: lixo ou conhecimento? Se não há nada de bom passando, desligue, faça outra coisa. Você verá quantos momentos muito mais produtivos terás.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Aprendizados


O que Aprendi?

Sempre que disponho meu tempo para escrever os artigos desta coluna, me deparo com o mesmo desafio: o que escrever? Me pego avaliando os assuntos que conheço, que possam ser interessantes e que tragam algo positivo a você. A pergunta que sempre me me ajuda é: o que aprendi durante esta semana que eu possa compartilhar?
Está aí exercício interessante: pensar a respeito do que vivemos e aprendemos.
Estamos constantemente aprendendo. Tudo que vivemos podem nos levar ao crescimento ao aprendizado. Mesmo as situações negativas.
Vivemos numa rotina tão conturbada que nem sempre paramos para avaliar nossas experiências e como se desenrolaram nossos dias. Acabamos por ficar no “piloto automático” dos afazeres e compromissos, que nossa vida passa num piscar de olhos. Quem ainda não se surpreendeu que já estamos iniciando o mês de outubro? E que o ano voou e faltam 60 dias mais ou menos para o Natal?
Pensar no que aprendi durante a semana me faz avaliar meu dia a dia. Aliás, acaba sendo um exercício diário. Consigo observar os “aprendizados” que antes passavam por desapercebido. Várias situações me levam à reflexão, ao pensar, ao avaliar ao modificar as atitudes. Nem tudo amadurece o suficiente para poder compartilhar com vocês. Mas o lucro está na reflexão. Nas pequenas pausas para pensar.
As crianças são grandes mestres em “contabilizar” os aprendizados. Tudo é fascinante. O que aprendem sempre lhes é interessante. E sempre compartilham. Estão ligadas em tudo. E compartilham, falam sobre tudo o que aprendem.
Os adultos, possivelmente por conta das responsabilidades que se acumulam, esquecem do que podem aprender nas singelas situações da vida. Nas palavras de alguém, numa situação inusitada, numa letra de música, numa frase de para-choque de caminhão... Podemos aprender sempre. E contabilizar o aprendido nos ajuda a ter uma vida muito mais interessante.
Pare e pense: como você está utilizando o seu tempo de reflexão e aprendizado? Assistindo um programa de TV que só mostra violência e maldade? Ou lendo automaticamente um “Salmo” aberto na mesma página amarela da Bíblia que virou enfeite de estante?
Você está no “piloto automático”? Tens contabilizado os aprendizados diários?
A Bíblia arremata o assunto: “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.” (Salmos 90:12). Que a pergunta “o que aprendi hoje?” seja nossa reflexão diária!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O que o Ladrão Não Levou...



Recentemente meu consultório foi “visitado” por pessoas que acharam interessante subir em uma sacada, estourar uma fechadura e fazer uma “limpa” nas coisas que haviam lá.
Confesso que foi uma desagradável surpresa encontrar meu consultório bagunçado e com lacunas, faltando objetos escolhidos com tanto carinho.
Situação incômoda. Sentir que algo seu, o seu espaço (e o espaço que ofereço para cada pessoa abrir seu baú de tesouros) foi invadido, sem ser convidado, maculando o sentimento de pertencimento. Enfim. Meu sentimento na hora era fechar, trancar imediatamente a porta. Voltar a colocar barreiras, trazer segurança... E os objetos se foram...
Chateada, pensei muito a respeito: afinal, são só coisas. E concluí: “Objetos só são objetos. São substituíveis. O que vivemos, o que aprendemos, ninguém tira de nós.”
Objetos caem, quebram, ficam velhos, se desfazem. Objetos podem ser roubados pelo tempo, por ladrões. Mas:
O que você aprende, ninguém tira de você.
O que você experimenta, fica guardado na sua memória.
Os momentos que você vive, ficam guardados no coração...
Aí fica a pergunta: onde estamos investindo nossa energia?
Em ganhar dinheiro para comprar coisas? Carro do ano pra mostrar pro vizinho? Na roupa da moda para a amiga morrer de inveja? No computador de última geração (que você não aproveita a metade dos recursos) porque seu parente tem um igual?
Para que servem as coisas? Elas servem para nos servir, para facilitar nossa vida.
Creio que os valores andam se invertendo. As pessoas vivem para adquirir coisas. Coisas que não são utilizadas para o fim a que se destinam, mas para mostrar uma aparência social, uma falsa ideia de “ser bem sucedido”.
As pessoas deixam a autenticidade para viver a ilusão de uma aparência. Se matam de trabalhar para adquirirem bens que na verdade não lhe servem. Arranjam encrencas de família por causa de dinheiro, de herança. Estragam relacionamentos familiares porque estão irritados por dívidas de aquisições supérfulas.
Está tudo virado!
Creio que seja mais interessante canalizar nossa vida para experiências. Para viver coisas boas, compartilhar momentos legais, para investir naquilo que realmente importa: as pessoas. Quando voltamos nossa atenção para os relacionamentos, para o crescimento pessoal, para vivermos coisas boas, estamos fazendo o melhor investimento da vida.
As coisas quebram, somem.
O que é vivido não se apaga.
Onde você está investindo sua energia? Para coisas? Ou para você?

Compartilhando...
Quando comentei com algumas pessoas o ocorrido, recebi este presente de uma pessoa que atendi há muito tempo: “O maior tesouro do teu escritório são os segredos, os pesos que ali se derramam, se desfazem, se atenuam... E o que dali se leva é só crescimento pessoal e isso ladrão nenhum tira....” R.L.). Ainda bem que ninguém pode tirar nossa capacidade de amar...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Acolhimento


Está aí algo que percebo que as pessoas estão precisando muito: de acolhimento.
Vejo hoje, que poucas pessoas sabem acolher. Mas o que é acolher?
Segundo o Dicionário Michaelis acolher significa: “Hospedar, receber (alguém). 2 Abrigar, dar acolhida a, recolher (alguém). 3 Atender, deferir, receber (pedido, requerimento, opinião). 4 Dar crédito a, dar ouvido a. 5 Abrigar-se, amparar-se, recolher-se, refugiar-se.”
Resumindo: ato de amparar, de receber, de ouvir.
Vejo hoje muitas pessoas que não tem com quem conversar, que passam por milhares de dificuldades sozinhas pelo simples fato de que as pessoas não sabem acolher. Acolher, não é simplesmente ouvir, e também não é ficar dando opiniões a respeito da vida da pessoa. É saber receber com carinho e sem julgamentos os sentimentos e dificuldades da pessoa que se abre a nós.
Por mais que tenhamos vontade de dizer alguma coisa para as pessoas com problemas, há momentos em que devemos guardar nossas opiniões, conselhos e pitacos e nos limitar a ouvir, acolher. Hoje as pessoas estão tão voltadas para questões práticas para resolver, para solução imediata das coisas, que esquecem que saber ouvir já é uma grande ajuda. E acredite, nem sempre conselhos resolvem, ou dão uma solução. Quando encontramos a possibilidade de compartilhar nossos problemas, mesmo sem esperar uma resposta, acabamos por nós mesmos encontrando as saídas.
As pessoas acham que no consultório, o psicólogo tem as respostas para seus problemas. Na verdade o psicólogo não tem resposta nenhuma. Apenas ajudamos as pessoas a ouvir a si mesmas, a encontrar o próprio caminho.
Acolher é oferecer ao outro a oportunidade de enxergar as próprias soluções, ou ajudar a dar um lugar de respeito à dor vivida. Você não precisa ser psicólogo para ajudar alguém. Basta desenvolver o acolhimento, saber ouvir, saber se colocar no lugar da pessoa. É saber ser humilde, e abrir mão do desejo de ser objetivamente “útil” ou de mostrar seus conhecimentos e opiniões. É dar o “ombro amigo”, dizer que está com a pessoa.
As pessoas precisam ser ouvidas. Precisamos aprender a ouvir.Abrir mão da "sabedoria" as vezes ajuda mais do que milhoes de conselhos.
Acolhimento é a palavra. Saiba acolher, saiba dar um abraço, um colo, um olhar, um sorriso. Saiba se colocar no lugar do outro.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Que País é Esse???


Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?” (Legião Urbana – 1987)

Outro dia, num show do Capital Inicial, a banda tocou a música do Legião Urbana “Que País é Esse?”. Me surpreendi que no refrão da música, que repetia a frase “que país é esse?” a multidão respondia “é a P... do Brasil”.
Confesso que fiquei horrorizada com a empolgação das pessoas em xingar nosso país. Parece que o patriotismo está suprimido apenas para o dia 7 de setembro, ou às vezes nem isso.
Um país é feito por todo um povo, com sua cultura, costumes e ideais. E por mais que passamos por tantas dificuldades e injustiças, nosso país é maravilhoso. Maravilhoso como? Com tanta falcatrua, roubalheira, tanta miséria?
Somos um país em crescimento, com uma extensa área cultivável, com muitas riquezas naturais. Somos um povo criativo e bem humorado, com uma diversidade cultural enorme. O grande problema é que nós, infelizmente, aceitamos passivamente a desonestidade, a injustiça. Elegemos governantes em favor de interesses próprios (desde a dentadura pelo voto até o apoio aliado a interesses pessoais futuros).
Que país é esse? Realmente é uma p.... mas não o Brasil. Nós! Nós que poucas vezes nos mobilizamos e exigimos de nossos representantes uma conduta séria. Nós que nem sabemos direito o que faz um vereador ou um deputado. Nós que não nos posicionamos diante das injustiças, que não cobramos de nossos governantes e representantes. Que esquecemos em quem votamos nas últimas eleições. Esquecemos de cobrar daqueles que nos representam.
Nosso país ainda tem muita coisa boa, e devemos amar e nos orgulhar dele. Amar tanto a ponto de abrir mão de uma “vantagenzinha” aqui e ali, em favor da justiça, do interesse maior da comunidade. Isso é ética. São valores que jamais devem ser esquecidos.
Vamos amar nosso país. Vamos fazer dele o que desejamos. Mas isso começa a partir de nós, do nosso exemplo, dentro e fora de casa. Abrir mão da velha “lei” de tirar vantagem de tudo. Pagar devidamente os impostos. Estranho? Não, é óbvio. Como vamos cobrar honestidade dos governantes se ao menos fazemos nossa parte?
Creio que é bem verdade a frase “cada povo tem o governo que merece”.
Que país é esse? É o Brasil que nós fazemos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Confusões em Família


Outro dia estava conversando com algumas pessoas a respeito das confusões entre família e fiquei refletindo sobre algumas coisas interessantes:
Toda família tem problema, tem um encrenqueiro, um apaziguador e alguém pra dar opinião para alguma coisa. Toda família tem uma história não contada, um fato marcante e um jeito todo peculiar de se relacionar.
Sempre achamos que a família do vizinho é mais legal que a nossa, até começarmos a conviver mais com ela e vemos o quanto a nossa, apesar dos problemas, é mais gostosa de participar.
E toda família passa por alguma crise. Algumas mais longas outras mais curtas, mas passa. Sempre tem uma briga, uma encrenca, onde uma parte da família fica para um lado, e a outra, para outro. O mais interessante é que as vezes, coisas pequenas, pessoas da mesma família podem ficar muito tempo, até anos, sem se falar.
Realidade, muitas vezes muito triste, pois as pessoas alimentam mágoa, rancor e vivem separadas. E pior, a situação serve de exemplo negativo para crianças. O estranho é que se você for ouvir a versão de cada lado, você vai perceber que cada um tem uma razão totalmente compreensível. E aí? O que fazer?
Acredito que a maior dificuldade envolvida nestas situações é o orgulho e dificuldade de abrir mão da “razão” que cultivam em favor da proximidade e boa convivência. Pagam um preço alto para viver em “pé de guerra”, incrementada por comentários, fofoquinhas e agressões veladas.
Isso é família? Não deveria ser, mas acontece.
Buscar a conciliação, a harmonia é válido e é um crescimento. É válido abandonar a crítica, o julgamento, a “razão”. Como diria um amigo meu: “o que você prefere: ter razão ou ser feliz?”.
A escolha é sua.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aos Perfeitinhos


Mais uma vez tenho um vazio para escrever o artigo desta semana. Penso em várias coisas, mas nada parece interessante o suficiente, novo o suficiente. Penso então em escrever sobre o “suficiente”. De novo parece que as ideias se esgotam diante do infinito de possibilidades.
Estaria eu me bloqueando? Estaria esbarrando num perfeccionismo que não deixa o imperfeito aparecer? Outro dia ouvi de um colega profissional, que o perfeccionismo esconde uma insegurança.
Agora, pensando sobre o assunto, acho que é mesmo. Para que tanta exigência para comigo?
Eu nunca havia pensado sobre isso, até porque acreditava eu que o perfeccionismo poderia ser uma qualidade. Acho que desta vez me enganei. Não que não devamos fazer as coisas bem feitas. O problema é quando o perfeccionismo nos impede de começar a fazer o que desejamos. Como estava eu, nas linhas acima, toda bloqueada. Resolvi deixar as palavras fluírem, e olha o que apareceu? Um artigo sobre como o perfeccionismo!
Percebo agora o quanto o nível de exigência que impomos a nós mesmos pode ser cruel e limitador. Ele impede que as falhas apareçam e criatividade também! Então nos cercamos da insegurança, onde o “ousar” revela falhas que não podem ser vistas de jeito nenhum.
Mas porque é mais fácil aceitar as falhas dos outros e não aceitar as próprias? Para que o meu melhor nunca é bom o suficiente? Para que precisamos agradar o tempo todo?
Costumo dizer em palestras e treinamentos que a diferença entre uma qualidade e um defeito, numa pessoa, vai depender principalmente do grau de manifestação das características dela. Ou seja, quando falamos em dedicação para fazer algo podemos ir do desleixo para o extremo do perfeccionismo. Ambos prejudicam a pessoa. O primeiro é porque se você faz mal feito, vai ter que fazer duas vezes (no mínimo) levando à perda de tempo e energia. O segundo extremo pode te impedir de conseguir finalizar (ou até começar) aquilo que é necessário ser feito (perdendo tempo e energia também). O ideal é o equilíbrio.
Avalie o seu grau de auto-exigência. Ele impede suas realizações e te leva à perda de tempo? Ou dá solidez aos seus atos?
Se você sofre com o perfeccionismo, quando perceberes que ele te impede de iniciar ou terminar algo, experiente relaxar. Experimente deixar fluir suas ações sem julgamentos. Simplesmente deixar sair. As vezes coisas muito legais podem aparecer naturalmente... como este artigo. De início travado, depois, sem tanta exigência, mais fluido . E você chegou com a leitura até aqui. Gostou? Pra mim hoje, isso não importa.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aos Pais... (e Mães!)


Tenho observado uma grande preocupação dos pais em relação à melhor forma de criar seus filhos. Preocupação em ter as melhores decisões, em dar a melhor educação, em ter a melhor atitude para com seus filhos. Muitas vezes se deparam em situações em que não sabem o que fazer, ficam angustiados, perdidos. Procuram acertar. Se avaliam o tempo todo. Se cobram, se culpam.
Mas o que fazer diante de um mundo tão estranho ao que vivemos na infância? Com certeza, as crianças de hoje são muito diferentes das crianças que fomos. A tecnologia, os anseios, as cobranças e os desejos são diversos. E parece que as experiências já vividas, não servem de suporte para as decisões.
Creio que o caminho para a superação destas angústias é olhar para si mesmo, ouvir a voz do coração. Mas não aquela voz que faz você se sentir culpado por trabalhar o dia inteiro e chegar só à noite em casa, e para compensar deixar seu filho fazer o que quiser. É olhar para dentro, deixar a culpa de lado e ver o que é necessário.
Do que é que seu filho precisa? De limites? De saber o que é certo e o que é errado? De um tempo maior com você, brincar junto, passear, ler uma história? É desse olhar que é necessário. As crianças não precisam ter o vídeo-game de ultima geração. Elas precisam de relacionamentos saudáveis em casa. Precisam de pais que não só falem o que elas devem fazer, mas que façam o que é certo. Os pais precisam ser exemplos de vida, modelos de atitude. Seus filhos são reflexos do que vocês são em casa.
Num mundo tão conturbado e com valores tão deturpados, a lar deve ser um refúgio. E os pais tem a maior responsabilidade em tornar isto real. Procurar deixar os problemas do trabalho no trabalho. Dedicar tempo de qualidade para a família (e não simplesmente chegar em casa, ligar a TV e “desligar” para a vida). Ter aquele momento em que você está realmente com a pessoa, com seu cônjuge, com seus filhos. Que você está disposto a ouvir, conversar, compartilhar, rir, chorar juntos. Sonhar juntos o futuro da família (aquisições, passeios, viagens, finais de semana).
Todos os pais falham, erram. Não há como evitar isso. Mas buscar dar o seu melhor faz toda a diferença. Gosto muito da frase “quando nasce uma criança, nasce também um pai, uma mãe”. Assim como uma criança nasce, vai crescendo e aos poucos aprendendo e amadurecendo, também são os pais na mesma jornada. Não existe pai e mãe prontos. Eles nascem com seus filhos, e vão crescendo com eles. A diferença é que eles já tem uma bagagem maior de experiências vividas para orientar seus filhos.
Saber investir bem o seu tempo, faz toda a diferença. Ser exemplo de vida, de conduta, vale muito mais do que mil palavras. Não se culpe por suas falhas. Busque dar o seu melhor: seu tempo e seu exemplo.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Amor, Amor



João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história
.” (Carlos Drummond de Andrade)

O poema “Quadrilha” retrata bem o que acontece na história de muitas pessoas: o amor não correspondido. Quem já não sofreu com isso? Infelizmente as decepções fazem parte da vida, e só nos resta convivermos com isso e “levarmos a vida pra frente”.
Aliás, o risco da decepção sempre caminha junto com qualquer relacionamento. Como já coloquei em artigos anteriores, a decepção é sócia da expectativa: só nos decepcionamos quando esperamos algo das pessoas. A explicação? Simples: as expectativas e os valores nem sempre são iguais. Isso vale para os gestos de carinho: são diferentes para cada pessoa.
Compliquei? Explico com um exemplo: muitos pais ficam chateados com seus filhos por estarem “reclamando” deles sendo que estes trabalham exaustivamente para oferecer-lhes o melhor? Aqui temos uma situação por dois pontos de vista: 1- dos pais, que acham que seus filhos são ingratos por não reconhecerem seu esforço para dar-lhe o tão sonhado videogame; 2- dos filhos, que gostam do vídeo-game, mas gostariam de ter um pouco mais de diálogo e atenção dos pais.
Percebeu? Dar coisas é gesto de carinho. Dar atenção, conversar, também é carinho. E neste caso ambos ficam insatisfeitos, porque as expectativas de demonstração de amor são diferentes.
Quando essa divergência acontece, a tendência das pessoas é começar com cobranças, desgastando o relacionamento, especialmente no namoro ou casamento. Quando a pessoa cobra, o que ela mais deseja é ser atendida na sua expectativa de carinho. Mas quem é cobrado fica ressentido, acreditando que não é valorizando. Final da história: brigas, palavras mal utilizadas, ressentimento, afastamento.
É preciso fugir da cobrança, pois nela colocamos o outro como “vilão” da história. Mas em relacionamentos não existe “vilão” nem “mocinho”. Se algo não está legal, a responsabilidade é de ambos. É preciso em primeiro lugar avaliar a si mesmo: será que as minhas atitudes estão contribuindo com a saúde do meu relacionamento? Cobrar e culpar é fácil. Difícil é admitir que também falhamos, que as vezes o que achamos que é melhor, pode não ser o melhor para quem amamos. Como superar isso? Diálogo!
Conversar é importante. Entender que os desejos são diferentes para cada um, e que investir nos relacionamentos é saber o que toca o coração de quem amamos.

Sugestão de leitura: “As Cinco Linguagens do Amor” (Gary Chapman)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Falando ainda nos sonhos...


Nas duas últimas semanas, conversávamos a respeito da conquistas de sonhos. Acredito que ainda há uma atitude mais importante além de saber o que se deseja, planejar e fazer. Esta atitude é o COMPROMETIMENTO. Sim, comprometer-se com o seu sonho, com sua meta.
Vejo hoje as pessoas desejando muitas coisas para si. Elas até planejam, mas na hora de fazer, desistem nas dificuldades. Outras, quando percebem que precisam abrir mão de algo hoje em função de um futuro, abrem mão da meta. Ficam com a satisfação momentânea e esquecem do futuro. Encontram milhares de desculpas e deixam o sonho por isso mesmo.
Há outras pessoas que querem tudo para ontem. Esquecem que para alcançar algo é preciso trabalho, paciência e persistência. Como para fazer um pão: é necessário juntar os ingredientes, misturar, amassar (e quanto mais amassar mais macio fica) e depois? Deixar crescer. Esperar o tempo de crescimento, voltar a amassar novamente e... deixar crescer. Só depois colocar no forno e esperar novamente. Não dá para pular os passos. Se não, é provável que você coma um pão duro e ruim.
Com nossos projetos de vida é a mesma coisa. Metas grandes não se conquistam da noite para o dia. É necessário persistir e saber que as vezes é preciso abdicar de algumas coisas, especialmente se estas atrapalham seu caminho. Você já viu aquelas pessoas que sonham tanto em emagrecer, até começam a dieta mas não persistem?
Muitas vezes elas não alcançam seu desejo porque não conseguem abrir mão das “tentações”. Poucas são as pessoas que agarram seus sonhos com unhas e dentes. Elas focam todas as suas atitudes em favor da sua meta e “deletam” as coisas que possam atrapalhar sua conquista.
Isto chama-se comprometimento. Comprometer-se com sua meta é focar todas as suas atitudes de maneira que estas favoreçam o alcance da meta. É como um casamento: quando você casa com alguém, você está se comprometendo com ela. Deixa de lado outra possibilidades de relacionamento e busca, com suas atitudes, construir uma convivência legal juntos, não é mesmo?
Comprometer-se com seu sonho, é amar o próprio sonho. É focar suas atitudes, o seu dia a dia em função do seu desejo. É abrir mão do imediatismo e assumir um compromisso sério consigo mesmo. É levar bem à sério sua meta e não perdê-la de vista.
Sem meta, sem comprometimento, sem planejamento e sem atitude, seu sonho ficará apenas no mundo das ideias. Dedique-se com amor a seus sonhos. Invista neles. Prepare-se. Pois quem vai desfrutar dele é você mesmo!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Colhendo Sonhos


Semana passada conversamos sobre a importância de se saber o que se deseja para a própria vida e que para conquistarmos nossos sonhos dependemos mais do nosso esforço e trabalho do que da própria sorte. Ou seja, somos nós que fazemos nossa história.
Mas há pessoas que tem dificuldades em olhar para isso. Pois a conquista dos sonhos, passa antes por uma conquista de si mesmo. Vencer o comodismo e superar os limites.
Para conquistar nossos sonhos, precisamos tirá-los do mundo das ideias. É necessário transformar sonhos em metas. Como diria o palestrante Heinz Schurt: “Metas são sonhos com datas para acontecer”. Se levarmos isso bem a sério, é possível tirar nossos sonhos do plano das ideias e trazer para o plano concreto.
Mas não se engane: não adianta só você saber o que quer, determinar uma data para acontecer. Há muito mais entre um sonho e uma realidade além do desejo. E esse muito mais é o PLANEJAMENTO.
Quando vamos fazer uma viagem, mesmo que curta, fazemos um pequeno planejamento: data da viagem, o caminho a seguir, hora de sair, abastecer o carro, quanto dinheiro levar, etc. Sem essas coisas, a viagem está sujeita a se tornar um desastre, não é mesmo?
Da mesma maneira, a conquista dos sonhos. É importante transformar os sonhos em meta, e esta meta ser planejada, detalhada em metas menores, em passos a serem seguidos e alcançados a cada atitude. Ou seja, você precisa estudar e decidir qual é o melhor caminho para alcançar o que você deseja, quais as ações necessárias para concretizar e quando você quer que isso aconteça. Depois do caminho traçado, o negócio é fazer. É ATITUDE. Você pode ter uma meta, uma data e um planejamento, mas se não houver atitude, não há sonho realizado não! E nem adianta apelar ou reclamar da sorte. Só podemos colher algo se plantarmos. E plantar é uma atitude. Colher é consequência.
Sonhe, planeje e faça!! Você pode se deliciar com os frutos da sua plantação!!!

Se você se interessa mais sobre planejamento e conquista de sonhos, uma sugestão de leitura é o livro: “Atitudes de Resultado” (www.heinz.adm.br). Um livro simples, prático e gostoso de ler. Acrescentou muito para minha vida, pode ser interessante para você também. Até a próxima!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Questão de Sorte!


Outro dia, conversava com algumas pessoas a respeito da dificuldade de muitos em alcançarem seus sonhos. É engraçado quando você começa a pensar nas várias situações e percebe que a maioria das pessoas acreditam que tudo “cai do céu”. Você já reparou nas conversas?? “Maria comprou uma casa... nossa, como ela é sortuda!! Também com o emprego e o salário que ela tem... eu é que não tenho sorte...
Ter sorte? O que isso tem a ver com conquistar sonhos?
Nada!
As pessoas tem a ilusão de que conquistar coisas para si está ligado muito mais a uma causa externa do que um esforço pessoal. Se você reparar bem, a grande parte das pessoas ditas “sortudas” nada mais são do que pessoas normais. A diferença que poucos vêem é que elas batalham por seus sonhos e abrem mão de algumas coisas HOJE em favor das conquistas do AMANHÃ.
Pergunte a um juiz, a um médico, a um empresário como é que foi que eles conseguiram estar onde estão? Sorte? Não. É esforço, meta, planejamento. Creio se esforçaram muito, abriram mão de muitas coisas para alcançar seus objetivos.
Hoje vejo que boa parte das pessoas não tem sonhos, não tem planos. Quando os têm, é algo muito vago, e que depende da dita “sorte”. Ficam esperando algo acontecer. Como não fazem nada, nada acontece. Aí a culpa é da má sorte. E de sobremesa fica reclamando da vida.
Vamos pensar um pouquinho, e responda com sinceridade: o que você planejou para sua vida para o próximo ano? Para daqui a cinco anos? Dez anos?
Tem resposta? Se tiver, ótimo!
Não tem resposta? É melhor repensar um pouco para o que você deseja para seu futuro.
Confesso que alguns anos atrás, me deparei com esta pergunta. E percebi o quanto estava “empatando” minha vida, esperando acontecer algo que nem eu mesma sabia. Quando eu comecei pensar no futuro, a desejar, a planejar e a buscar, as coisas começaram a acontecer. Descobri que as oportunidades aparecem quando escolhemos um destino para nós.
Nada cai do céu, além da chuva. Você quer que sua vida aconteça? Saiba onde queres chegar!Porque pra quem não sabe onde quer chegar, qualquer lugar está bom.
Se você não sabe o que quer, não reclame da vida. Se você já sabe, cuide, faça com que o seu desejo aconteça. Isso depende muito mais de você do que da sorte. Faça acontecer!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Saiba Brigar !!


Isso mesmo! Brigar certo.
Você já reparou que as pessoas que mais nos deixam magoados são aquelas pessoas que mais amamos? As vezes tenho a sensação de que o tamanho da mágoa, quando somos feridos, é proporcional ao sentimento que cultivamos em relação a elas. Quanto mais amamos, mais ficamos sentidos quando a pessoa “pisa na bola”. Se a pessoa não é tão importante assim, normalmente damos pouca importância.
Sendo assim, creio que seja importante “saber brigar” com quem amamos. Este brigar não tem a ver com discutir ou “dar o troco”. Ao contrário. É saber comunicar sentimentos, resolver a situação para evitar que a mágoa invada nosso coração e afete o relacionamento.
Muitas pessoas optam por guardar em silêncio a mágoa quando é ferida por alguém. Isso normalmente, não é uma boa ideia e muito menos resolve o problema, já que quem magoou pode ignorar o fato de ter machucado alguém e a mágoa interferir na maneira como você age com a pessoa.
Melhor mesmo, é conversar e resolver.
O problema é que as pessoas não sabem ter uma “briga saudável”. Por briga saudável defino aquela conversa no qual assumimos exatamente o que sentimos e deixamos claro onde erramos e o que esperamos das pessoas.
No dia a dia as brigas não são assim. Geralmente projetamos nossas insatisfações nas outras pessoas, esperamos e cobramos que elas saibam e atendam nossos desejos. Nos colocamos como vítimas e tentamos colocar o outro no lugar de culpado. Quem já não fez isso? Quem já colocou a culpa da situação em alguém para não admitir (até para si mesmo) que está errado?
O problema é que aí, deixa-se de resolver uma situação para um jogo onde duas pessoas tentam “ganhar a briga”, e só acaba quando alguém desiste ou cansa de tentar ganhar. Aí o seu dia já era!
Uma briga saudável é diferente. Antes da conversa é necessário uma auto-análise, com algumas perguntinhas:
  • Quais são os FATOS que levaram a tal situação ou comportamento?
  • Como EU contribuí para isso?
  • Quais foram minhas falhas? Quais são os erros que assumo?
  • O que EU posso fazer diferente?
  • O que eu espero da pessoa?
  • Ela tem condições de atender ao meu desejo?
Somente depois de responder com honestidade e sinceridade a estas perguntas é mais “seguro” começar a conversar com a pessoa. Deixando todas as pedras de lado. Seja honesto consigo e com o outro, e evite o jogo vítima X vilão. Assim, você tem uma grande chance de resolver logo a situação pendente, reduzindo o risco de magoar-se ainda mais.
Melhor analisar o que se sente, ponderar e comunicar. Melhor ser sensato e falar o que sentimos para quem amamos e resolver problemas sem buscar culpados. Buscar sim, soluções e sem dramas! Ser responsável pelos próprios atos, sentimentos e palavras. A briga saudável começa com uma auto-análise honesta e responsável. A chance de tudo dar certo é altíssima. Aprenda a brigar certo!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Reciprocidade


Essa é a palavra da semana. Quem já não se decepcionou esperando que alguém tenha a mesma consideração e afeto que temos por elas? Quando nos relacionamos com as pessoas, normalmente criamos fantasias e expectativas, conforme o desejo e afeto que temos por elas. Quanto maiores as expectativas, maiores são as possibilidades de nos frustrarmos.
Infelizmente, nem sempre é possível evitar esta frustração, pois é muito difícil gostar de alguém (seja na amizade, família, amor) e não esperar a reciprocidade, não esperar que a pessoa demonstre o mesmo afeto que temos por ela.
Acredito que poucas são as pessoas que conseguem não esperar nada em troca num relacionamento, que conseguem amar incondicionalmente. Aliás, isso é algo que deveríamos desenvolver mais em nós mesmos. É conseguir doar-se de maneira sublime. Exige abrir mão de si em prol do bem daquele que amamos. E gratuitamente. Você consegue isso?Difícil não é mesmo?
Por outro lado é extremamente delicioso quando percebemos que nossos sentimentos são recíprocos. Quando nosso investimento emocional gera frutos. Isso nos faz sentir amados, queridos, pertencentes a um “espaço emocional”, um lugar de valor.
Todos gostamos de nos sentir importantes para alguém. Se nós gostamos tanto disso, porque nos decepcionamos com as pessoas?
Porque as vezes o lugar de prioridade, de afeto, nem sempre é o mesmo. Só que estamos acostumados a olhar para esta situação quando somos frustrados. Mas quando somos nós que frustramos? Nisso, habitualmente, nós não pensamos. Mas é interessante refletir, especialmente na atitudes diárias que temos para quem amamos. Estamos mesmo demonstrando o quanto alguns são importantes nós? Estamos mesmo expressando carinho, elogiando e investindo nosso tempo nos relacionamentos? Ou só estamos cobrando, exigindo atenção e afeto?
A reciprocidade que desejamos deve começar por nós. Amar os outros como gostaríamos que fôssemos amados. Demonstrar como gostaríamos de receber. Mas com um detalhe: sem esperar nada em troca. Sem esperar recompensa, gratidão ou as mesmas ações. Isso evita frustrações, nos torna pessoas melhores e iluminamos o caminho de quem amamos. É bom para todos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eu Posso!


Todos nós temos sonhos, temos desejos a serem realizados. Alguns, são mais fáceis de tornar reais, outros, requerem um certo planejamento e uma boa dose de trabalho, determinação e abnegação. E na maioria das vezes, contamos com a ajuda e o apoio de outras.
E quando aquela pessoa que mais esperamos o apoio deixa de nos estender a mão?
Quando isto acontece, a tendência da maioria das pessoas é desanimar, deprimir, achar não vai conseguir. Muitos acabam desistindo dos seus sonhos. As vezes é a decepção com pessoa que a deprime, ou mesmo a crença de que sozinho não vai conseguir.
O interessante nestas situações, é que muitas pessoas têm condições de ir atrás de seus sonhos mesmo sem o apoio, mas infelizmente não conseguem observar em si este potencial. É como se primeiro os outros precisassem acreditar nela para depois ela mesmo acreditar.
É estranho, mas muito comum. O perigo disto está em deixarmos adormecidos nossos potenciais esperando de que “alguém” os descubra. Ficamos assim, cegos diante da nossa força e impotentes em relação aos desejos.
É claro que buscar uma conquista com apoio de quem amamos, torna nossa jornada mais fácil. Mas se você não encontra esse apoio, não significa que você não possa realizar seus projetos. Se você não pode contar com ninguém, conte com você mesmo!
Não espere que alguém diga a você que você pode. Acredite primeiro em si, que você tem capacidade para vencer. Gosto muito de um texto de George Washington (um dos presidentes mais admirados da história dos EUA), que fala um pouco a respeito:

Você tem tudo o que tiveram as grandes pessoas:
Dois braços, duas mãos, duas pernas, dois olhos
e um cébrebro para usar, se você for sensato.
Todos eles começaram com esse equipamento,
portanto, comece pelo princípio e diga: "Eu Posso!"

Observe os sábios e os grandes:
Comem os alimentos em um prato comum,
usam garfos e facas como todos nós;(...)
O mundo os considera corajosos e valentes,
Entretando, você tem tudo o que eles tinham, quando começaram.

Você pode triunfar e tornar-se hábil,
Pode tornar-se ilustre, se quiser:
Você tem braços, pernas e um cérebro para usar,
E a pessoa que se alçou a grandes feitos
Começou sua vida com nada mais do que tem você.

Você é o obstáculo que precisa enfrentar;
Você é que tem de escolher seu lugar,
Você tem de dizer para onde quer ir,
Quanto deverá estudar para conhecer a verdade;

Deus o equipou para a vida,
Mas Ele deixa você decidir o que quer ser,(...)
Por isso, reflita,
Você nasceu com tudo o que as grandes pessoas tinham;
Com seu equipamento todos eles começaram, por isso, lembre-se,
A maior distância a ser vencida é entre a cabeça e o coração.
Encha-se de coragem e diga: EU POSSO!

Precisa dizer mais? Até a próxima!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cinco Minutos


Vivemos hoje num ritmo de vida em que precisamos priorizar várias coisas ao mesmo tempo e às vezes não temos tempo para investir nos relacionamentos com as pessoas. É comum encontrarmos alguém que gostamos muito, que há muito não vemos e quando conversamos com elas sempre falamos a mesma história : “é tão corrido, que não deu tempo de ligar” ou “é uma correria” .
Quem já não falou isso alguma vez?
E você já se perguntou, se isso que você disse é realmente verdade?
Já me peguei falando isso, e pior, percebendo que a culpa não é da correria, mas das prioridades que elegi no meu dia ou na minha semana.
Numa análise mais profunda, normalmente elegemos coisas como prioridades em detrimento do relacionamento com as pessoas, e aí quando nos deparamos com elas, damos esta desculpa “esfarrapada”,
Sim, isso é uma desculpa, porque as vezes até temos tempo, mas aquela pessoa não foi eleita como prioridade nos meus afazeres, sendo preterida em relação às “coisas” para se fazer (compras, limpar casa, estudar, etc.). Não quero dizer que cumprir com nossas responsabilidades diárias não seja algo importante. Claro que é. Mas viver só fazendo coisas nos leva a viver uma vida cheia de tarefas e vazia de emoções.
Avalie como está seu dia, como está sua semana. Quanto você tem se dedicado a parentes, a amigos, a pessoas importantes para você. Quanto você não tem usado esta desculpa para deixar para depois um encontro, um tempo de qualidade com seus familiares, com seus amigos. Nem sempre precisamos dispor de muito tempo. As vezes é só 5 minutos.
Em 5 minutos, você pode ligar para dizer “oi, quero saber como você está”.
Em 5 minutos você pode mandar um e-mail escrito por seus próprios dedos (sem ser aquelas mensagens melosas que todos acham bonitinho e encaminham).
Por 5 minutos você pode desligar a TV e perguntar para seu companheiro(a) “como foi seu dia?”
Em 5 minutos você pode escrever um bilhetinho carinhoso, colocar na carteira, no bolso do casaco e fazer uma pequena surpresa para quem você ama.
Por 5 minutos você pode fazer um cafuné.
Em 5 minutos você pode admitir que errou e pedir perdão.
Em 5 minutos você pode pensar em todas as coisas boas da sua vida e agradecer a Deus.
Em 5 minutos, você pode fazer muita coisa, inclusive avaliar as prioridades que você tem no seu dia a dia.
E o que você vai fazer nos próximos 5 minutos?
Tenha um ótimo dia!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Perder-se Acompanhado


Você já reparou que existem certas situações que desejamos, planejamos e quando chega perto de acontecer parece que tudo “trava”? Negócio esquisito este. Parece que caímos num buraco, num vazio, numa inércia em que nada parece ter efeito satisfatório e não se abrem possibilidades para uma ação efetiva. Parece que ficamos cegos, surdos e... incompetentes.
Já sentiu isso? Eu já... e que estranheza, especialmente quando estamos acostumados a circular por nossos desejos e ações sempre no controle de tudo: fazendo e acontecendo.
Mas o que é esse “não fazer e não acontecer”?
Acredito que seja quando nossos sonhos, nossos desejos ultrapassaram a barreira do conhecido e chegam ao limite do desconhecido, do não vivido, do novo. Já conversamos em outro artigo sobre o novo, sobre o ousar, expandir nossos limites (e a dificuldade e os ganhos que se tem fazendo isso). Mas hoje quero falar de outro aspecto do romper as barreiras dos limites: do “ousar acompanhado”.
Explico. Quando nos sentimos perdidos, quando nossa ação está no “vazio” é nessa hora que podemos experimentar o quão valiosa pode ser uma ajuda amiga. Ajuda amiga aqui, não é necessariamente aquela pessoa que vai te dar conselhos ou fazer as coisas por você. Ajuda amiga é muito mais que isso. É quando alguém consegue abrir mão de si, do próprio egoísmo e orgulho em prol do escutar, do entender, do respeitar. Isso permite que a nossa limitação e fragilidade diante do novo possam aparecer sem problemas, sem julgamentos e sem cobranças. São aqueles momentos em que você pode se perder, mas “acompanhado”. Quando alguém permite que você expresse sua confusão e seu vazio e a use como “espelho” para você mesmo poder se ver e conseguir enxergar um horizonte de futuro.
Isso é algo incrível. Não necessariamente elimina nosso vazio, nossa dificuldade. Na verdade o conforto está em poder perceber que há um lugar que se pode se perder, que se pode “falar sobre”, para poder se organizar. É muito bom quando temos a oportunidade de expressar nosso vazio e saber que estamos sendo ouvidos, entendidos, acolhidos e até mesmo acompanhados.
O experimentar o “novo” é uma vivência única, individual e solitária. Todavia ela pode ser vivida com alguém do lado. Como uma mulher ao dar a luz uma criança. A experiência e a dor, somente ela pode sentir, mas é diferente quando alguém segura a sua mão.
Uma ajuda amiga, pode ser qualquer pessoa, um amigo, um terapeuta e até mesmo um estranho, não importa. O importante é poder se permitir abrir a própria angústia e deixar que alguém “segure sua mão” quando você vive o inédito de sua vida! É importante também sabermos ser esta “ajuda amiga”. Aprender a abrir mão de nós mesmos, do nosso orgulho e julgamento para poder permitir que o outro se “perca” de maneira segura, para então se encontrar...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sem namorado no dia dos namorados???


O Dia dos Namorados está chegando e percebo que muitas pessoas estão preocupadas ou chateadas por passar esta data sozinhas. Alguns levam na brincadeira dizendo: “E daí que vou passar o dia dos namorados sozinha? Eu também não passo o dia do índio com um índio, nem o dia da árvore com uma árvore, e nem o dia do paleontólogo com uma múmia..
Parece que as vezes existe uma “pressão social” para que a pessoa tenha um companheiro(a), como se estar num relacionamento fosse condição de sucesso pessoal e felicidade. Até podemos entender este tipo de pensamento, já que a Branca de Neve só resolveu seus problemas e tornou-se feliz quando foi encontrada e salva pelo “príncipe encantado”. O mesmo aconteceu com a Cinderela, Rapunzel e tantos outros personagens da infância. Com tantos exemplos as pessoas acabam internalizando a ideia que não se pode ser feliz sozinho ou que nosso companheiro(a) é que nos vai fazer feliz.
Não é bem assim. Em primeiro lugar precisamos entender que nós mesmos é que somos responsáveis pela nossa felicidade e não os outros. Tudo o que plantamos na nossa vida, isso vamos colher. A maneira como buscamos conquistar nossos sonhos, como tratamos as pessoas com quem convivemos e como cuidamos de nós mesmos é que vai refletir na nossa felicidade e satisfação. Quem espera que outra pessoa a faça feliz, com certeza vai se frustar, pois vai colocar na mão de outra pessoa uma responsabilidade que ninguém tem condições de atender. Somente eu mesmo sou responsável por buscar a minha felicidade.
Sendo assim, podemos inverter a história da Branca de Neve: primeiro vamos ser felizes e aí então, se encontrar alguém legal, compartilhar a felicidade com ela. Não é melhor assim?
Fazendo isso, saímos do hábito de valorizar mais aquilo que não temos do que curtir aquilo que temos. Se você está sem namorado(a) no dia dos namorados, não fique triste por isso. Veja as coisas boas que estão acontecendo em sua vida, valorize isso, e acredite: no momento certo você encontra alguém que valha a pena compartilhar a vida. Aproveite da melhor maneira possível o momento que se está sozinho. Aproveite bem cada fase de sua vida, para quando mudar a fase você não sentir falta de como era sua vida antes.
Quem tem o privilégio de poder passar esta data acompanhado, aproveite para valorizar a pessoa com quem você compartilha a sua vida. Não somente no dia dos namorados, mas todos os dias. Presentes, elogios, carinhos, não precisam ser somente em datas especiais. Relacionamentos precisam ser cultivados, investidos diariamente. De vez em quando é interessante avaliar como está o relacionamento. Se você não está satisfeito, antes de olhar para os defeitos e falhas de quem está com você, perceba as próprias falhas e tente melhorar. Avalie primeiro as próprias atitudes e depois as dos outros. Se você quer o melhor, dê o seu melhor.
Dê valor àquilo que tens. Se estás sozinho, invista em si. Se estás acompanhado, invista no seu relacionamento. Só não saia por aí lamentando pelo que não tem (seja sozinho ou acompanhado). Viva o seu melhor, busque ser feliz em todos os momentos.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Curando o "Dedo Podre"...


Semana passada conversamos a respeito da dificuldade de muitas mulheres em ter relacionamentos saudáveis e satisfatórios. Pode acontecer de a pessoa não ter apenas um ou dois relacionamentos que não foram bons, mas vários. Como se fosse um padrão de comportamento, um padrão de escolha de parceiros que ao invés de lhe proporcionarem alegria, acabam por trazer muito mais problemas. Se você passa por esse tipo de situação, é bom ficar atenta. O problema pode estar em você.
Para começar a mudar o padrão das más escolhas, é preciso em primeiro lugar olhar no espelho, olhar para si e avaliar a própria vida, avaliar as próprias decisões. Esta autoanálise é importante para começar a se conhecer melhor e conseguir verificar o que é que na verdade você busca em cada relacionamento. Muitas vezes buscamos suprir necessidades em relacionamentos amoroso que nem sempre nosso parceiro tem condições de suprir.
A primeira delas é o amor próprio. Há pessoas que não conseguem se amar, gostar de si mesmas, se achando feias, sem graça, pouco inteligentes e acabam buscando no parceiro este amor. Conheci pessoas que não gostam de si mesmas, mas estão satisfeitas por ter alguém que goste. Aí qualquer “tranqueira” que lhe forneça o mínimo de carinho e atenção se torna o centro da sua vida (e normalmente faz muitos estragos).
Poderia falar de muitas outras situações, já que o tema é profundo. Mas vou me limitar em colocar algumas dicas para sair do círculo vicioso dos relacionamentos problemáticos:
1- Ame-se do jeito que és. Sim, você é uma pessoa única e especial e deve tratar a si mesma como tal. Conheça suas qualidades, valorize-as! Todos temos defeitos e você pode melhorar e conviver com os seus!
2- Acredite que pode ser amada simplesmente pelo fato de existir. Você não precisa fazer por merecer, simplesmente exista! Mas exista da melhor maneira que você possa existir, mas para você, não para os outros. Conheça suas dificuldades e procure melhorar. Mas ter defeitos não é impeditivo para ser amada.
3- Aprenda a dizer não! Inclusive para si mesma. As vezes precisamos dizer não a nós mesmas, abrir mão de relacionamentos que sabemos que nos farão mal, mesmo estando carentes.
4- Invista em boas amizades. Não existe tesouro maior que uma verdadeira amizade. Ela nos serve de suporte nos momentos difíceis.
5- Aprenda a valorizar todos os momentos da vida, e não espere um “príncipe encantado” aparecer para aí você ser feliz. A felicidade é um sentimento que brota de dentro de nós e não é alguém que vai nos proporcionar. Encontre a sua felicidade dentro do seu coração. O resto vem de brinde!
6- Aprenda com os relacionamentos anteriores. Avalie o que foi bom, avalie os próprios erros e procure entender suas ações. Escolha o que você não quer mais repetir, e cresça. Nós crescemos nas dificuldades. Nos relacionamentos temos a oportunidade de aprender muito mais sobre nós do que sobre a outra pessoa. Cresça com suas dificuldades.
7- Saia da posição de vítima, passiva e se torne autora da própria história. Assuma seus erros, construa a sua história e vá atrás de seus sonhos.
8- Faça psicoterapia, isso te ajudará a se conhecer melhor, a entender as escolhas e o que se busca nos relacionamentos. Ajudará a crescer e fazer escolhas diferentes.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dedo Podre


Quantas mulheres conheci que afirmaram ter um “dedo podre” nos relacionamentos! Sempre escolhem ser relacionar com pessoas que não lhes fazem bem, que não respeitam ou a valorizam como pessoa. A culpa, normalmente, fica para a má sorte, para a ideia de que tem o “dedo podre” quando se apaixonam.
Acredito que, na verdade, o tal dedo podre é uma crença. Aliás, várias crenças: medo de ficar sozinha, acreditar que só se pode ser feliz tendo alguém na vida, que precisa de alguém para se completar, que precisa ser esforçar para merecer o amor de alguém e por aí vai. Na maioria das vezes, estas crenças são inconscientes. A pessoa não percebe o quando isso influencia na escolha de um relacionamento.
Sim, relacionamento são escolhas. Nós escolhemos como vamos tratar as pessoas e como permitimos que nos tratem. Exceto em situações de extrema violência, a forma com que as pessoas nos tratam depende principalmente da nossa permissão ou não.
É aí que vem a influência do “dedo podre”. Por acreditar muitas vezes que é a última chance de ter alguém ou pelo medo de ficar sozinha, muitas mulheres se submetem a relacionamentos que não lhes trazem nada de bom. Sofrem recebendo migalhas de amor, migalhas de atenção, restos de respeito, acreditando que “um dia” o companheiro irá reconhecer seu amor e dedicação e que irá mudar. Outro engano: se a pessoa hoje não te respeita, amanhã, com certeza não te respeitará enquanto você permitir ser mal tratada.
Relacionamento sempre envolvem escolhas. E a primeira escolha, para um relacionamento saudável, é o amor. Amar a si mesma em primeiro lugar. Amar a si mesma envolve um autoconhecimento profundo, saber e respeitar os próprios valores e ideais e respeitar a si mesma, conseguindo abrir mão daquilo que lhe faz mal. Quando conseguimos respeitar e amar a nós mesmos, não conseguimos mais aceitar relacionamentos ruins.
Para algumas pessoas, isso parece impossível de acontecer. Mas é possível sim. É possível se aprofundar no conhecimento de si mesmo, é possível rever valores, e é possível abrir mão de migalhas de amor para poder se permitir viver um relacionamento pleno e saudável.
Desmistificar a crença de que só se é feliz e completa, quando tem um companheiro, é também uma necessidade. Acredite. Pode-se ser feliz sozinha! Desde que você consiga se amar como realmente é e valorizar suas qualidades. Poder viver a própria felicidade compartilhando-a com outra pessoa, é melhor ainda! Principalmente quando temos alguém saiba dar valor à pessoa que está ao lado. E, estar com uma pessoa que valoriza isso, ou não, também é uma escolha! Você pode optar por perder tempo com alguém que não sabe amar, ou pode valorizar o que tem de mais precioso em você e compartilhar com quem é digno deste tesouro. A escolha é sua!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Coisas Simples


Diariamente somos bombardeados por mensagens e propagandas que nos incentivam a comprar determinados objetos, vestir certas roupas ou pensar de um modo parecido. E sem perceber, aos poucos essas mensagens são incorporadas em nosso pensamento e acabamos por viver conforme estes valores, os quais sustentam que precisamos ter coisas para sermos felizes.
Para poder manter esses valores de consumo a pessoa percebe que necessita aumentar seu ganho financeiro, e dedica um tempo maior que o necessário para o trabalho. Abandona as atividades voltadas ao lazer, às amizades, à família, à saúde e ao auto-conhecimento, que são as que realmente trazem felicidade. Deixam de admirar um pôr do sol, a paisagem, de sentir a brisa fresca de manhã, ver os primeiros passos do filho, vibrar com as primeiras palavras que ele aprende a ler ou o beijo da pessoa amada que a espera em casa.
Vivemos apressados em conquistar coisas. Não que isso não seja importante, todavia abandonar o sentir, as sensações numa corrida desvairada por coisas ou por sucesso é loucura. Loucura essa que muitos se dão conta somente no final de vida, quando, normalmente, já não há mais a possibilidade de viver o que deixou de ser vivido.
Dalai Lama quando lhe perguntaram o que mais o surpreendia na humanidade, disse: “Os homens! (…) Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver o presente e nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.
Assim, o sabor da vida vida, a felicidade, não está nas grandes coisas, mas nas pequenas e diárias realizações. Não está apenas na conquista, mas no próprio caminho para se chegar lá. Aliás, o sucesso, ao contrário do que muitos pensam, não é adquirir bens, ter status, ser conhecido. É poder se sentir realizado naquilo que se faz, alcançar seus objetivos, os quais são muito pessoais. Frequentemente vejo a dificuldade de as pessoas saberem até mesmo o que desejam pra si mesmas, estando presas aos desejos ou valores veiculados em nossa sociedade. Buscam esses valores, mesmo que não seja o que realmente os agrada.
Para se ter sucesso, é necessário em primeiro lugar conhecer a si mesmo, saber o que dá prazer, o que dá realização, o que enche o coração, e a partir daí, buscar essas coisas. Mesmo não sendo o que as pessoas acham que tem valor, vale a pena encontrar o que tem importância para nós mesmos. A felicidade é o caminho para o sucesso, e não o contrário.