quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Bethoven - Lição 2 : A Projeção!


Continuando com a nossa reflexão sobre a atitude do nosso cãozinho Bethoven, encontramos um outro ponto a analisar: 


Temos a tendência de projetar nos outros aquilo que temos em nós mesmos e não aceitamos em nós. 

Bethovem fez isso: começou a rosnar e brigar com o osso como se fosse culpa dele, a dor que ele sentia. Na sua lógica, o problema não estava com ele, mas sim “o osso que era duro demais”!!

Quando olhamos para a atitude do Bethoven, isso parece ilógico. Mas na realidade fazemos isso o tempo todo:

Quantas vezes não surgiu aquela grande oportunidade de emprego, a pessoa “perfeita”, a viagem tão sonhada e deixamos tudo isso passar? Quem já não abandonou um sonho, uma oportunidade, porque não conhecia sua limitação e e ficou com medo abraçar? E arranjamos justificativas como: “Foi fulano que atrapalhou”; “Não era pra ser mesmo”; “Não consegui por que tem gente com olho gordo”, “Meu chefe que é ignorante”… etc..

E quantas vezes implicamos com algumas pessoas que não fizeram nada para nós? O tal do “meu santo não bate com o dele”, na verdade nada mais é do que a projeção de nossas dificuldades nos outros. E assim, revela muito mais de nós do que da outra pessoa. 

Isso sempre acontece de modo inconsciente. Projetamos nos outros nossas limitações, assim como uma imagem é projetada uma tela de cinema. Isso é automático, pois, é muito dolorido ver nossas próprias dificuldades. Por isso, projetamos nas outras pessoas nossas chatices, intolerância, defeitos, limitações etc. Porque quando o defeito está no outro, o problema é dele, e não nosso! Simples! Mágico! Mas ineficaz!

Se analisarmos com cuidado,  tudo o que odiamos nos outros existe em nós mesmos (mas não aceitamos ou até mesmo ignoramos… mas está lá). 




Por outro lado, em qualidades positivas, o mesmo acontece: normalmente aquilo de vemos de positivo nas outras pessoas, até como uma espécie de inveja ("invejinha branca", como dizem), também há em nós, mas é algo que por vezes ignoramos, ou temos medo de acessar. 

Um passo para o auto-conhecimento é analisar nossas projeções nos outros, tanto positivas ou negativas. Quando conhecemos as dificuldades e potencialidades que há em nós, há muita coisa que podemos fazer para melhorar.  Quando está no outro, não há nada o que fazer. Mas quando reconhecemos em nós, podemos melhorar e crescer.

Não havia problema algum com o osso. O problema estava no Bethovem! 

E você ? Sabe onde precisa melhorar? Observe suas projeções!

Bethoven Posando de novo para o Blog:
Quer saber a história toda?
Acesse a publicação de 10/02/2015!




terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

As Lições do Bethoven

Outro dia, minha amiga Neiva Moura,  me contou um fato interessante que aconteceu com seu cachorro, que gostaria de compartilhar com vocês: 

Nosso Amigo Bethoven posando para o Blog :) 
O Bethoven é um cachorro já de idade avançada e por isso, já perdeu alguns dentes e outros, estão bem gastos e sensíveis. Certo domingo, fizeram um churrasco na casa, alguém resolveu dar um belo e suculento osso para o Bethovem. E eis que minha amiga se surpreende com a cena: o Betovem estava alí, de pé e rosnava raivosamente para o osso. 

Provavelmente, Bethovem, ao provar o osso, acabou sentindo muita dor nos dentes já desgastados.

Com receio de seu cão ter mais lesões ainda na boca, minha amiga resolveu tirar o osso do Bethovem. Ele que não é bobo,  ao perceber a intenção de sua dona, imediatamente abocanhou-o com toda força e rapidez. E eis que neste momento, Bethovem solta um grito de muita dor e larga-o imediatamente. Desolado e com dor, ele deita sobre o delicioso osso e não deixa ninguém toma-lo de si.

Essa história me fez pensar em algumas situações em que nós fazemos a mesma coisa que o Bethovem

Lição 1:

1- Quando estamos feridos e sensíveis, até a melhor coisa, ou aquilo  que tanto desejamos, pode nos machucar. E muitas vezes achamos que a causa da nossa dor, desconforto, infelicidade, raiva está nas outras pessoas ou nos fatos que acontecem na nossa vida. E fazemos como o Bethovem, rosnamos, brigamos, culpamos os outros. Brigamos com Deus, com a vida, com o destino, com a família (culpamos muitas vezes nossos pais ou nossos cônjuges). Sentimos dor e raiva diante de nossa impossibilidade de usufruir o que desejamos.

 O que podemos tirar de lição: quando algo os machuca profundamente, precisamos avaliar primeiro a nós: nossas fraquezas, nossas dificuldades e nossas dores. Bethovem só poderá se deliciar com os ossos se seus dentes forem tratados. Muitas vezes nós também somos assim … para vivermos as coisas boas que a vida oferece, para aproveitar as oportunidades, para sentir prazer e encontrar a felicidade, precisamos tratar nosso coração. Observar até que ponto são nossas próprias dificuldades, mágoas, receios, medos, que nos impedem de ser feliz. 

Nesta primeira lição, Bethovem nos mostra que é importante olhar para nossas dificuldades, tratar as nossas dores emocionais. Conhecer a si e e buscar a cura interior é o caminho para aproveitar melhor as coisas boas da vida.


(Continua na próxima semana)