terça-feira, 24 de maio de 2011

Curando o "Dedo Podre"...


Semana passada conversamos a respeito da dificuldade de muitas mulheres em ter relacionamentos saudáveis e satisfatórios. Pode acontecer de a pessoa não ter apenas um ou dois relacionamentos que não foram bons, mas vários. Como se fosse um padrão de comportamento, um padrão de escolha de parceiros que ao invés de lhe proporcionarem alegria, acabam por trazer muito mais problemas. Se você passa por esse tipo de situação, é bom ficar atenta. O problema pode estar em você.
Para começar a mudar o padrão das más escolhas, é preciso em primeiro lugar olhar no espelho, olhar para si e avaliar a própria vida, avaliar as próprias decisões. Esta autoanálise é importante para começar a se conhecer melhor e conseguir verificar o que é que na verdade você busca em cada relacionamento. Muitas vezes buscamos suprir necessidades em relacionamentos amoroso que nem sempre nosso parceiro tem condições de suprir.
A primeira delas é o amor próprio. Há pessoas que não conseguem se amar, gostar de si mesmas, se achando feias, sem graça, pouco inteligentes e acabam buscando no parceiro este amor. Conheci pessoas que não gostam de si mesmas, mas estão satisfeitas por ter alguém que goste. Aí qualquer “tranqueira” que lhe forneça o mínimo de carinho e atenção se torna o centro da sua vida (e normalmente faz muitos estragos).
Poderia falar de muitas outras situações, já que o tema é profundo. Mas vou me limitar em colocar algumas dicas para sair do círculo vicioso dos relacionamentos problemáticos:
1- Ame-se do jeito que és. Sim, você é uma pessoa única e especial e deve tratar a si mesma como tal. Conheça suas qualidades, valorize-as! Todos temos defeitos e você pode melhorar e conviver com os seus!
2- Acredite que pode ser amada simplesmente pelo fato de existir. Você não precisa fazer por merecer, simplesmente exista! Mas exista da melhor maneira que você possa existir, mas para você, não para os outros. Conheça suas dificuldades e procure melhorar. Mas ter defeitos não é impeditivo para ser amada.
3- Aprenda a dizer não! Inclusive para si mesma. As vezes precisamos dizer não a nós mesmas, abrir mão de relacionamentos que sabemos que nos farão mal, mesmo estando carentes.
4- Invista em boas amizades. Não existe tesouro maior que uma verdadeira amizade. Ela nos serve de suporte nos momentos difíceis.
5- Aprenda a valorizar todos os momentos da vida, e não espere um “príncipe encantado” aparecer para aí você ser feliz. A felicidade é um sentimento que brota de dentro de nós e não é alguém que vai nos proporcionar. Encontre a sua felicidade dentro do seu coração. O resto vem de brinde!
6- Aprenda com os relacionamentos anteriores. Avalie o que foi bom, avalie os próprios erros e procure entender suas ações. Escolha o que você não quer mais repetir, e cresça. Nós crescemos nas dificuldades. Nos relacionamentos temos a oportunidade de aprender muito mais sobre nós do que sobre a outra pessoa. Cresça com suas dificuldades.
7- Saia da posição de vítima, passiva e se torne autora da própria história. Assuma seus erros, construa a sua história e vá atrás de seus sonhos.
8- Faça psicoterapia, isso te ajudará a se conhecer melhor, a entender as escolhas e o que se busca nos relacionamentos. Ajudará a crescer e fazer escolhas diferentes.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Dedo Podre


Quantas mulheres conheci que afirmaram ter um “dedo podre” nos relacionamentos! Sempre escolhem ser relacionar com pessoas que não lhes fazem bem, que não respeitam ou a valorizam como pessoa. A culpa, normalmente, fica para a má sorte, para a ideia de que tem o “dedo podre” quando se apaixonam.
Acredito que, na verdade, o tal dedo podre é uma crença. Aliás, várias crenças: medo de ficar sozinha, acreditar que só se pode ser feliz tendo alguém na vida, que precisa de alguém para se completar, que precisa ser esforçar para merecer o amor de alguém e por aí vai. Na maioria das vezes, estas crenças são inconscientes. A pessoa não percebe o quando isso influencia na escolha de um relacionamento.
Sim, relacionamento são escolhas. Nós escolhemos como vamos tratar as pessoas e como permitimos que nos tratem. Exceto em situações de extrema violência, a forma com que as pessoas nos tratam depende principalmente da nossa permissão ou não.
É aí que vem a influência do “dedo podre”. Por acreditar muitas vezes que é a última chance de ter alguém ou pelo medo de ficar sozinha, muitas mulheres se submetem a relacionamentos que não lhes trazem nada de bom. Sofrem recebendo migalhas de amor, migalhas de atenção, restos de respeito, acreditando que “um dia” o companheiro irá reconhecer seu amor e dedicação e que irá mudar. Outro engano: se a pessoa hoje não te respeita, amanhã, com certeza não te respeitará enquanto você permitir ser mal tratada.
Relacionamento sempre envolvem escolhas. E a primeira escolha, para um relacionamento saudável, é o amor. Amar a si mesma em primeiro lugar. Amar a si mesma envolve um autoconhecimento profundo, saber e respeitar os próprios valores e ideais e respeitar a si mesma, conseguindo abrir mão daquilo que lhe faz mal. Quando conseguimos respeitar e amar a nós mesmos, não conseguimos mais aceitar relacionamentos ruins.
Para algumas pessoas, isso parece impossível de acontecer. Mas é possível sim. É possível se aprofundar no conhecimento de si mesmo, é possível rever valores, e é possível abrir mão de migalhas de amor para poder se permitir viver um relacionamento pleno e saudável.
Desmistificar a crença de que só se é feliz e completa, quando tem um companheiro, é também uma necessidade. Acredite. Pode-se ser feliz sozinha! Desde que você consiga se amar como realmente é e valorizar suas qualidades. Poder viver a própria felicidade compartilhando-a com outra pessoa, é melhor ainda! Principalmente quando temos alguém saiba dar valor à pessoa que está ao lado. E, estar com uma pessoa que valoriza isso, ou não, também é uma escolha! Você pode optar por perder tempo com alguém que não sabe amar, ou pode valorizar o que tem de mais precioso em você e compartilhar com quem é digno deste tesouro. A escolha é sua!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Coisas Simples


Diariamente somos bombardeados por mensagens e propagandas que nos incentivam a comprar determinados objetos, vestir certas roupas ou pensar de um modo parecido. E sem perceber, aos poucos essas mensagens são incorporadas em nosso pensamento e acabamos por viver conforme estes valores, os quais sustentam que precisamos ter coisas para sermos felizes.
Para poder manter esses valores de consumo a pessoa percebe que necessita aumentar seu ganho financeiro, e dedica um tempo maior que o necessário para o trabalho. Abandona as atividades voltadas ao lazer, às amizades, à família, à saúde e ao auto-conhecimento, que são as que realmente trazem felicidade. Deixam de admirar um pôr do sol, a paisagem, de sentir a brisa fresca de manhã, ver os primeiros passos do filho, vibrar com as primeiras palavras que ele aprende a ler ou o beijo da pessoa amada que a espera em casa.
Vivemos apressados em conquistar coisas. Não que isso não seja importante, todavia abandonar o sentir, as sensações numa corrida desvairada por coisas ou por sucesso é loucura. Loucura essa que muitos se dão conta somente no final de vida, quando, normalmente, já não há mais a possibilidade de viver o que deixou de ser vivido.
Dalai Lama quando lhe perguntaram o que mais o surpreendia na humanidade, disse: “Os homens! (…) Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver o presente e nem o futuro. Vivem como se nunca fossem morrer… e morrem como se nunca tivessem vivido.
Assim, o sabor da vida vida, a felicidade, não está nas grandes coisas, mas nas pequenas e diárias realizações. Não está apenas na conquista, mas no próprio caminho para se chegar lá. Aliás, o sucesso, ao contrário do que muitos pensam, não é adquirir bens, ter status, ser conhecido. É poder se sentir realizado naquilo que se faz, alcançar seus objetivos, os quais são muito pessoais. Frequentemente vejo a dificuldade de as pessoas saberem até mesmo o que desejam pra si mesmas, estando presas aos desejos ou valores veiculados em nossa sociedade. Buscam esses valores, mesmo que não seja o que realmente os agrada.
Para se ter sucesso, é necessário em primeiro lugar conhecer a si mesmo, saber o que dá prazer, o que dá realização, o que enche o coração, e a partir daí, buscar essas coisas. Mesmo não sendo o que as pessoas acham que tem valor, vale a pena encontrar o que tem importância para nós mesmos. A felicidade é o caminho para o sucesso, e não o contrário.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Lidando com Críticas...


Outro dia estava conversando com alguém a respeito das críticas que normalmente nós recebemos das pessoas. Todos nós temos alguma dificuldade para lidar com elas. Claro, ninguém gosta de receber uma crítica, mas podemos tirar muito proveito delas.
Quando ouvimos uma crítica somos invadidos por vários sentimentos: raiva, culpa, sensação de fracasso e incompetência. Por vezes projetamos estes sentimentos na pessoa que nos falou, dizendo que esta sim, é incompetente, não tem moral para falar, etc.
Se quisermos tirar proveito das críticas e usá-las para nosso crescimento, temos que superar estes sentimentos negativos iniciais e fazer alguns questionamentos:
Em primeiro lugar, precisamos avaliar a validade da crítica. Nem todas as críticas podem ser usadas em nosso benefício, especialmente as que foram geradas não como um comentário para nosso bem, ou uma advertência, mas sim para nos destruir. Infelizmente, existem pessoas que não conseguem lidar com o sucesso ou crescimento de alguém, e acabam querendo destruir isso. Por isso quando receber uma crítica avalie:
  1. Quem é que está criticando? Sempre leve em consideração as críticas de: pessoas que realmente te amam (pois elas querem seu bem), clientes, colaboradores da sua empresa e pessoas que têm conhecimento a respeito daquilo que estão falando. Descarte a crítica de pessoas que não tem conhecimento a respeito do assunto ou das que não lhe desejam bem, pois a intenção destas não é o seu crescimento;
  2. Avalie com calma a informação que acompanha a crítica. Pense bastante e honestamente a respeito. Julgue se ela é verdadeira e se pode ser aplicada na sua vida, no seu negócio, nos seus projetos, etc. As vezes podemos estar indo por um caminho ruim e nem percebemos. Podemos perceber detalhes antes ignorados, ter novas ideias, criar novos caminhos. A crítica pode ser um sinal de alerta ou mesmo uma luz no fim do túnel;
  3. Se a informação é verdadeira e aplicável em sua vida, utilize-a como uma avaliação própria. Veja o que pode ser mudado, melhorado, acrescentado. Faça planos de mudanças. E mude!
Por mais que seja difícil escutar uma crítica, utilize-as a seu favor, para seu crescimento. Se você reclama que vive recebendo as mesmas críticas, é um bom momento para analisar as próprias atitudes. Se você só recebe críticas o tempo todo, e nenhum elogio, tome cuidado. Da mesma maneira também se você só recebe elogios... alguém com certeza está mentindo.
Se depois de uma crítica conseguirmos deixar de lado o nosso orgulho ferido, avaliar e utiliza-la a nosso favor, temos uma ótima oportunidade de nos tornarmos pessoas melhores, companheiros melhores, empresários melhores, profissionais melhores. Aproveite os limões, faça uma limonada!