terça-feira, 26 de abril de 2011

Desculpas...


Você já reparou em quantas desculpas damos a nós mesmos quando nossas atitudes não são como deveriam ser? Por exemplo, quem já não abusou da comida ou da bebida, sabendo que tais abusos fazem mal, mas dizendo: “estamos no final de semana, trabalhei um monte, eu mereço...” E fica a pergunta: “Merece o que?” Merece prejudicar o funcionamento do próprio corpo?
As vezes não temos consciência de que as nossas atitudes tem repercussão direta na nossa vida. Usando o exemplo da comida, a pessoa abusa de alimentos altamente prejudiciais e não entende porque está obesa. Aí, na segunda-feira inventa uma dieta mirabolante que já é esquecida na quarta-feira. E o problema continua.
A questão da comida é um mero exemplo. Poderia citar vários, como : dificuldades nos relacionamentos, dificuldades profissionais, problemas de saúde entre outros.
As pessoas desejam que suas vidas mudem, mas não procuram verificar o que nas próprias atitudes poderia ser diferente.
Gosto muito de uma frase a respeito das mudanças que de tão óbvia chega a ser ignorada: “Quem faz sempre as mesmas coisas, tem sempre os mesmos resultados”.
Simples não? Mas muitas vezes queremos que nossa vida mude, nosso relacionamento conjugal mude, que nossa situação financeira mude, mas não fazemos nada para que isso aconteça. O casamento caiu na rotina e você só reclama esperando que o parceiro faça algo, mas você não faz nada. Ou, você está numa situação financeira complicada, mas continua gastando o dinheiro que não tem... Assim, a situação muda?? Muda nada!
Deseja-se que a mudança caia do céu, não se paga o preço de mudar, de sair da “zona de conforto” da rotina do dia a dia. Mudar é difícil, mas a mudança é imprescindível se você não está satisfeito com a vida que tens no momento.
Se há algum aspecto da sua vida que não está legal, procure observar quais são as atitudes que você tem que contribuem para isso, e tente mudar. Não adianta reclamar, ou colocar a culpa nas outras pessoas. A vida é sua. Você é responsável por aquilo que você dá ao mundo e o que recebe dele. Quer resultados diferentes? Faça diferente!

domingo, 3 de abril de 2011

Julgamento ??


Nas últimas semanas aprendi algo novo: por mais que eu pudesse ser solidária à dor dos outros, existem situações que só passando por elas para entender.
Isso me faz pensar a respeito dos hábitos que muitos tem de julgar as pessoas. Hábito, que na verdade, todos nós temos em algum momento.
Quem nunca fez uma crítica a uma pessoa com dificuldade, dizendo “se eu fosse fulano, não deixava isso acontecer, faria diferente...” ?
Temos sempre a ilusão que sabemos mais, entendemos mais e que podemos ser intocáveis ante a situações que a vida apresenta às pessoas que convivemos. Um exemplo bem comum é daquelas pessoas que dizem que depressão é coisa de quem não tem o que fazer, ou falta de vergonha na cara e que é só “ocupar a cabeça” que a depressão passa. Cansei de ouvir histórias de pessoas que diziam isso e que perceberam o quanto estavam enganadas quando, ironicamente, desenvolveram um quadro depressivo.
Mas isso não é só em relação à depressão, mas em relação à administraçào da vida, da educação dos filhos, da forma de se relacionar. Sempre há alguém dando “pitaco” e se dizendo entendido do assunto e condenando o jeito das pessoas serem ou agirem. Isso é muito triste. Principalmente porque o julgamento sempre é a partir da própria história, da própria realidade, e não a partir do mundo daquele que passa pela dificuldade.
É fácil dizer que o outro é bobo, burro, ou que merece sofrer. Difícil é viver a vida das outras pessoas. Difícil é ser solidário e respeitar a dificuldade, a dor ou as próprias decisões das outras pessoas. Difícil é apoiar, dar nosso ombro amigo, procurar entender sem julgar a partir de nossas próprias medidas.
Sempre busquei ser sensível e solidária em relação ao que as pessoas passam. Nas últimas semanas, aprendi que nem sempre a gente sabe a dimensão da dor dos outros quando não passamos por algo semelhante. Quando vivemos a situação, percebemos que pode ser muito diferente ou difícil.
Sejamos justos. Fácil é julgar. Fácil é falar dos outros. Difícil é ser você mesmo e olhar para as próprias experiências e aprender com elas. Deixe as outras pessoas experimentarem seus próprios caminhos. Apóie. Ninguém ajuda ninguém julgando. A ajuda vem com o respeito e compreensão.