sexta-feira, 29 de junho de 2012

Inveja


Como nos sentimos quando vemos a alegria ou prosperidade de alguém? Há pessoas que se alegram com as conquistas dos outros. Outras, se ressentem disso, acreditando a pessoa teve “sorte”, desejando o mesmo para si.
Mas quem nunca sentiu isso? Atire a primeira pedra quem nunca invejou alguém. Todos nós, um momento ou outro sentimos isso, com mais ou menos intensidade e de diferentes maneiras:
Há a inveja “boa”, o sentimento de querer para si também o que o outro tem ou vive. Esta fica apenas no sentimento, no desejo. Algumas vezes essa “invejinha” faz com que movimentemos nossa vida, buscando caminhos para alcançar o que desejamos, pelo trabalho, estudo ou superação de si mesmo. E há a “inveja ruim”, que diferencia-se da primeira, não por querer o mesmo que o outro tem, mas sim por querer exatamente o que é dele, como o cargo, relacionamento, etc. Ou ainda, desejar e fazer com que a pessoa não tenha nada também, já que o invejoso não tem. Por exemplo, alguém que não tem um relacionamento sério deseja que a “amiga” não namore também, fazendo de tudo para destruir o relacionamento.
Independente de qual inveja se sente, seja “boa” ou “ruim”, ela é destruidora.
Quando somos acometidos pela inveja, nosso foco está naquilo que desejamos e não temos, e normalmente ficamos cegos quando ao caminho de se conquistar nossos sonhos. Ficamos nos ressentindo pelo o que o outro tem ou vive, observando apenas isto e mais nada. Olhamos para a falta e ficamos insensíveis àquilo que temos. Ignoramos as coisas boas da nossa vida. Desprezamos a nossa capacidade de fazer nossos sonhos acontecerem. A autoestima se esvai juntamente com a energia e alegria de viver.
As pessoas não percebem, mas este sentimento é muito mais destruidor do que se pensa. A inveja não destrói a outra pessoa, como se acredita no poder do “olho gordo”. A inveja destrói o próprio invejoso. O invejoso esquece de si, perde a identidade e vive a vida dos outros, sendo que a própria vida fica vazia e sem sentido. As vezes envolve-se tanto com a vida dos outros que fica insensível às próprias frustrações e própria dor. Perde a referencia de quem é, suas capacidades e seus sonhos. Perde forças e foco. Torna-se uma pessoa amarga e superficial, afastando as pessoas de si.
Creio que pela nossa própria saúde devemos estar atentos aos nossos sentimentos. Pois invejar a vida dos outros e não fazer nada para melhorar a nossa é perder tempo. Precisamos olhar para dentro de nós, estar em contato com o que desejamos e reconhecer nossas capacidades. Precisamos colocar a admiração no lugar da inveja. Nos inspirar nas conquistas dos outros como motivação para nossa vida e ser feliz!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Custa ser Gentil??


Outro dia, estava indo para a feira do produtor, no Jardim Curitiba e me deparei com uma inusitada cena de estresse, em se tratando de uma cidade tranquila como a nossa.

Descrevo: como havia grande circulação de pessoas por causa da feira, na rua estreita, os carros estavam estacionados em ambos os lados, permitindo a passagem de somente um carro por vez no trecho. Houve então a confusão: um pequeno caminhão ia por um sentido, seguido de mais três outros carros. Outro carro, vinha em sentido contrário e ficou o impasse: ninguém podia passar. Até aí tudo bem, se não fosse o estresse desnecessário do condutor do carro que insistia em buzinar e brigar com o motorista do caminhão, como se exigisse seu “direito”de passar pela rua. Ele estava tão envolvido em “brigar” e ter razão naquela situação, que não pode avaliar que o caminhão não tinha condições de manobrar, visto haver carros atrás dele. Também não observou que ele poderia manobrar seu carro e resolver o problema. A escolha do motorista, foi continuar a buzinar e estressar a todos. Resultado? Os três carros tiveram que dar a ré, para o caminhão manobrar e permitir a passagem do “rei da razão”.

E o que assusta nesta cena? Assusta ver que muitos andam esquecendo da gentileza. Hoje as pessoas estão mais preocupadas em ter razão do que resolver pequenos problemas. Pior, quando você é gentil, acham ruim. Quer um exemplo?

Você está subindo o calçadão, sábado perto do meio dia (muito movimento) e você dá chance para para aquele carro que, há 5 minutos tenta sair. As pessoas que estão atrás de você normalmente acham ruim. Achar ruim a gentileza?
 
Aí eu penso... custa ser gentil? Parece que as pessoas preferem ficar com a “razão” ao invés de resolver logo um problema ou facilitar a vida de alguém. Parece que vivemos em nossas “bolhas da razão” que nos leva a acreditar que nossas necessidades ou nossa pressa sejam mais importantes que os dos outros. Será? Se são mais importantes ou não, nunca saberemos. Mas é certo que, sendo gentil, você evita estresses. Imagine como deve ter sido o resto da sexta-feira daquele nosso amigo motorista do começo do artigo? E como ficou os nervos do motorista de caminhão?

Acredito que existem situações que realmente precisamos “bater o pé” por nossos direitos. Mas nem isso justifica uma briga ou a falta de educação. No dia a dia, não custa ser gentil. Facilita a sua vida, e a dos outros. Traz leveza e bem estar para todos nós. Não custa nada ser gentil!

terça-feira, 19 de junho de 2012

MALDITOS CONTOS DE FADAS


 (Para quem odiou o Dia dos Namorados... Porque claro, não está namorando, e está morrendo de inveja de quem está!)
No dia dos namorados foi muito interessante observar o comportamento das pessoas nas redes sociais. Umas publicando aos quatro ventos o quanto era feliz com o seu amor. Outras, indignadas, lamentando por não estarem com alguém neste dia. Dia de festa pra uns e frustração para outros.
Creio que as vezes as pessoas complicam demais as próprias vidas, e buscam sofrimento que não precisavam vivenciar. Muitos dos que lamentaram passar o dia dos namorados sozinhos estavam focando apenas na parte que lhes falta na vida: um grande amor, um companheiro(a). Como se esta falta fosse o maior de seus problemas ou o que lhe impede de ser feliz.
Aliás, resultado da geração que cresceu com os contos de fadas tipo Cinderela, Branca de Neve, etc... Que nos incutiu a ideia de que só seremos felizes quando encontrarmos nosso “príncipe/princesa” e aí tudo fica bem e a história acaba. A vida só é completa quando temos alguém.
Neste sentido, a maioria das pessoas acaba por viver em função do amor que lhes falta, esquecendo das coisas boas que têm: da família, dos amigos que adoçam e alegram a vida, das conquistas realizadas, da saúde que têm e de conforto de uma casa, água encanada, energia elétrica, etc., etc., etc. Olha como sua vida é legal!! Tá reclamando do que? 
 
Pessoas que somente olham para o relacionamento que não têm, esquecem do que tem. E pior, idealizam que um relacionamento resolve tudo na vida. Vá conversar com alguém que é casado há algum tempo, pra ver se tudo é tão perfeito assim! Você vai ver que as coisas também não são tão simples.
Se você não sabe ser feliz sem um companheiro, não saberá ser feliz quando esta pessoa chegar. Se você não sabe aproveitar agora sua vida, isso não vai acontecer milagrosamente quando começar a namorar ou se casar. Aliás, se você tem esse hábito, quando o “grande amor chegar”, você vai começar a reclamar dele(a), encontrar milhões de defeitos, e esquecer de suas qualidades. Não porque a pessoa tem defeitos, mas pelo seu hábito de não dar valor e cuidado para as coisas boas. Coisa que aliás, muitos só começam a valorizar quando perdem.
Quero dizer aqui que a vida é muito mais que um relacionamento, um namoro, um casamento. Devemos deixar de lado a "Síndrome de Cinderela", com a ideia de que seremos felizes somente quando encontrarmos nosso "grande amor". Poxa, a Branca de Neve era feliz com seus 7 amigos anões... Claro, depois ela encontrou o tal príncipe... Mas será que foi feliz? E os anões amigos que a acolheram quando ela precisou? Ela esqueceu deles? 
 
Não lamente por estar sozinho. Aproveite o melhor que cada fase da sua vida pode lhe oferecer. Faça planos, sonhe, trabalhe, viaje, faça amigos... só não lamente por sua vida, isso vai te envenenar. Valorizar as coisas boas é construir a própria felicidade.
Seja feliz! Namorando, ou não!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cultivar Amores, Aproveitar Amizades


Não sei o que me impele hoje a escrever. Talvez seja a empolgação reflexa ao ler um livro “Feliz Por Nada” de Martha Medeiros. Talvez seja por estar tranquila, relaxada, aproveitando minhas férias e com a cabeça livre das preocupações diárias. Minha única preocupação aliás, foi tentar visitar o maior número de amigos no melhor tempo de qualidade com eles.
Foi uma experiencia interessante. Enquanto muitos acreditavam que eu iria aproveitar a praia, tendo o privilégio de ter conhecidos morando em lugares “horríveis” como Balneário Camboriú e Florianópolis, eu optei por outro tipo de diversão: ver os amigos que ganhei da vida em minha trajetória de 5 anos em Santa Catarina. Amigos com “A” maiúsculo, como costumo dizer. Amigos de verdade, pessoas que amo imensamente e que fazem parte da minha história. Pessoas que conhecem algumas de minhas facetas. Umas conhecem as fragilidades, outras meus defeitos e outras ainda, estiveram comigo em momentos de muita dificuldade. Há aquelas que estiveram ao meu lado e contribuíram para meu autoconhecimento. E outras que participaram de tudo isso junto.
Claro, há as que não contribuíram para nada, ou talvez, por motivo que desconheço, procuraram tornar minha vida mais difícil, ou foram simplesmente insípidas quando lhes precisei do sabor. Essas, não me preocupei em visitar. Mas agradeço mesmo assim de sua participação na minha vida, pois me mostraram o que não devo ser.
Não consegui ver todos a quem amo, seria necessário pelo menos mais 5 dias. Mas deu para viver com intensidade todos os momentos que pude passar com eles. Do mar, vivi apenas um ou dois mergulhos. Das pessoas, vivi a intensidade de amar e ser amada. E o abastecimento emocional necessário para continuar minha caminhada e plantar novos amores, novas amizades em nova fase de vida aqui no Paraná.
E qual o proveito de tudo isso? Cultivar amores, aproveitar as amizades! Relacionamentos são vias de mão dupla: os investimentos vão e retornam. É bom investimento preocupar-se com tesouros de carne e osso, que são os amigos. Valorizar, investir neles. E ser um bom amigo também. Pessoas são muito mais importantes que praia, dinheiro ou ostentação (querer que os outros acreditem se somos melhores do que realmente somos). E na simplicidade de se ser quem é, se sentir amado por simplesmente existir, viver o prazer de ter amigos... é bom demais!!!