quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Santa Ignorância!!


Como você lida com a sua ignorância? Ignorância aqui, no sentido de falta ou limitação do conhecimento sobre algum assunto, e não um modo rude de ser.

Geralmente nos incomodamos com a ignorância dos outros, quando as pessoas não dominam um assunto. Ou pior, quando elas acham que já sabem tudo. Mas e nós? Como lidamos com a nossa própria ignorância?

É fácil olharmos para os outros, mas nem sempre é fácil reconhecer nossas limitações, nossa falta de conhecimento, ou o simples fato de que não sabemos tudo. É difícil admitir, mas é essencial se quisermos crescer em qualquer área da vida. Quando admitimos nossa limitação, temos a oportunidade de buscar o conhecimento, o aprimoramento. Enfim, temos a oportunidade de crescer. E crescendo, aprendendo, temos uma maior possibilidade de aproveitarmos as oportunidades quando elas aparecerem.
 
Tenho um professor que sempre diz o seguinte: “Quanto mais aprendo, quanto mais estudo, mais sorte tenho”. Ai você pode se perguntar: o que a sorte tem a ver com conhecimento?

Tudo! Quer um exemplo? Você está trabalhando, e seu chefe te comunica abriu uma filial da empresa na Argentina e que há uma vaga para gerente e ele pensou em você. Que maravilha de oportunidade né? Ai ele te pergunta: você sabe falar espanhol? Você responde que não. Então ele lhe diz que infelizmente terá que dar o cargo para outra pessoa.

Moral da história: se você tivesse o conhecimento, você teria como agarrar esta oportunidade. E conseguir aproveitar as oportunidades, as pessoas chamam de “sorte”.

Assim podemos entender que as conquistas dependem muito mais do conhecimento e de estar atento às oportunidades do que sorte pura e simples. E aproveitar oportunidades está intimamente relacionado ao estar preparado para elas, ou seja, ter conhecimento. E quanto mais sabemos, mais facilmente enxergamos e aproveitamos essas oportunidades.

Reconhecer a própria ignorância é mais benéfico do que pensamos. Você já conheceu aqueles profissionais/empresários que acham que já sabem tudo e que não há mais nada a aprender?
O que acontece com eles? Num mundo de tantas mudanças, eles não se atualizam, ficam parados enquanto os concorrentes estão passando à frente e prejudicando os negócios. Sorte? Azar? Não, são atitudes e resultados.

Faça uma análise: qual é nível de ignorância? Alto? Ótimo! Tens humildade suficiente para crescer e ser melhor. Médio? Bom também! Significa que você valoriza o que já sabe, mas tem consciência que que podes expandir seus limites, crescer. Já sabes tudo? Lamento, você pode estar perdendo muitas chances interessantes de aprender. Aliás, é incrível, mas quanto mais estudamos, mais percebemos o quanto temos para aprender, nós ampliamos nossos horizontes, aumentamos nossos sonhos. É muito legal!

Ou seja, a ignorância, quando reconhecida é benéfica, pois se ela te incomodar, te dá a oportunidade de fazer algo para crescer, expandir. Mas não adianta só admitir a ignorância, é preciso que você não se acomode a ela. Faça sua ignorância santa. Faça da falta, uma oportunidade! Não acredite que já sabes tudo. Sempre há algo para aprender, para crescer. E viva a Santa e Bem Aproveitada Ignorância!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Tolerância




Você já parou para pensar em quanto somos intolerantes e ao mesmo tempo irracionalmente tolerantes?

Alguns fatos ultimamente me fizeram pensar a respeito. Somos irracionalmente tolerantes quando não o devíamos ser. Aceitamos passivamente a corrupção, a má administração pública (nas mais diversas esferas: estadual, municipal e federal), aceitamos tranquilamente o aumento dos impostos sem a contrapartida do governo (saúde, educação, infraestrutura, etc.). Aceitamos o mal atendimento de muitos estabelecimentos, com a “explicação” do “é assim mesmo” ou “sempre foi assim”. Aceitamos a falsidade e a fofoca (seja alheia ou a própria). Aceitamos relacionamentos superficiais. Aceitamos os modismos, a imposição da indústria da moda, da cultura da magreza e da beleza. Recebemos passivamente as informações do jornal, mas pouco refletimos a respeito.

Somos tolerantes demais. Não fazemos nada pra mudar. Somos acomodados. E normalmente, a maioria acaba seguindo o “fluxo”. E as pessoas que não entram nesse ritmo da tolerância, são julgadas e condenadas, como esquisitas, militantes, etc. Sendo irracionalmente tolerantes nos tornamos “massa de manobra”. 

Por outro lado, somos intolerantes demais. Somos intolerantes com as falhas das pessoas próximas. Somos intolerantes com as limitações das pessoas, com as “pisadas de bola” dos amigos. Somos intolerantes à dor dos outros, nos fazendo de insensíveis e invisíveis quando alguém precisa da nossa ajuda.

Somos intolerantes à diferença, seja de cultura, de religião, de raça, de gosto ou de classe social. Somos intolerantes a ideias contrárias à nossa, às que nos leva à reflexão. Somos intolerantes ao novo, até o que o novo vire “moda”. Mas somos tolerantes à coisas ridículas e perdemos tempo com elas (quem já não curtiu e postou coisas sem utilidade alguma no facebook?).

Somos irracionalmente tolerantes à falta de tempo para as pessoas, para o cuidar da mente, corpo e espiritualidade.

Somos tolerantes ao intolerável. E ridiculamente intolerantes onde deveria haver mais flexibilidade. Vai entender...

terça-feira, 17 de julho de 2012

Crise eu?? Não, estou evoluindo!


Semana passada conversávamos sobre os altos e baixos da nossa vida e da importância de se viver e aceitar estes momentos como algo natural. Mas hoje quero dar um pouco mais de atenção para os “baixos”, para as dificuldades, para a crise.

Vamos convir que ninguém gosta de viver uma crise. Pois nela entramos em contato com nossas limitações, nossos defeitos e com a dor de não ser o ideal que desejamos. Neste momento podemos nos ver sem a lente do orgulho próprio, nos olhamos de maneira crua, e as vezes até cruel.

Várias coisas podem desencadear uma ¨crise”: uma decepção, uma ofensa, um fracasso, uma carência, e por aí vai. É assim mesmo. Todos entendem que faz parte da vida, mas poucos percebem este momento como crucial, como ponto de partida para o crescimento.

Há pessoas que passam pelas crises, pela tristeza sem aprender nada com elas. E normalmente se ressentem disso, atribuem a culpa aos outros, ou olham para si com piedade e dó. Sinceramente, odeio o sentimento de “dó” (mas isso fica para outro capítulo). Quando fazem isso, perdem a grande oportunidade de conhecerem a si, de conhecer sua limitação, de aprender com a dor.
A tendencia das pessoas é ir numa busca alucinatória por alegria e extinção da dor, sem passar pela fase da compreensão da dor. De entender o que está acontecendo consigo. Neste momento, poucas pessoas se perguntam: o que me levou a estar assim? O que estou fazendo comigo mesmo? Como estou lidando com isso? O que eu posso aprender?

As pessoas só querem apaziguar a dor, mas não querem entendê-la. Isso porque, entender a dor, exige olhar com mais franqueza para si, e isso não é fácil. Não é fácil responder a estas perguntas. Por outro lado, elas nos ajudam a superar, a crescer, a evoluir. Por vezes, precisamos da ajuda de alguém para entender tudo isso e encontrar um caminho. E aqui, o aconselhar-se com uma pessoa mais vivida (e sábia) pode ajudar e muito. Um psicólogo também pode ajudar neste processo de conhecer a si e entender a função da crise, da dor, neste momento.
A crise é um passo para a evolução. Mas precisamos aproveitá-la sabiamente. Viver a dor, pela dor, porque faz parte da vida, não faz sentido algum. Se buscamos amenizar nossa tristeza, sem aprender algo dela, sofremos e não ganhamos nada com isso. A dor fica de graça, não há lucro. Mas, se soubermos aproveitar estes momentos para conhecer melhor a nós mesmos, para entender nossa dificuldade e dar um passo no sentido de fazer algo diferente, de enfrentar, a provável consequência é a superação. A alegria que vem a seguir, é livre, é produtiva. Temos a sensação gostosa da superação, do crescimento, da evolução.

Viver uma crise, um momento “baixo” não é fácil. Exige coragem de enfrentar a própria dor, as limitações e os medos. Mas digo para vocês (como uma pessoa que detesta viver estes momentos, mas no final agradece por ter passado por eles): vale a pena olhar para si, e buscar crescer na crise. Sim, vale a pena!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Altos e Baixos


Você já deve ter reparado que as pessoas tem altos e baixos, não é mesmo? 
Há épocas em que uma pessoa se sente feliz e realizado, e há outros momentos que se sente desanimado, triste, sem forças ou direção. Com certeza você já deve ter passado por isso inúmeras vezes. 

É natural, como o movimento da onda do mar, ou as ondas de rádio, ou um desenho da frequência do coração num eletrocardiograma. 

Podemos ver que estes fenômenos são expressos numa linha, que segue um movimento ascendente (para cima) até atingir seu ápice e depois descendente (para baixo) até atingir o ponto mais baixo para então novamente retomar o movimento para cima. A harmonia, está no equilíbrio desses movimentos para cima e para baixo.

Podemos comparar nossa vida a este movimento de subir e descer. Infelizmente hoje, há uma cultura social de que devemos estar sempre bem, sempre crescendo. Na nossa sociedade não há espaço para o recolhimento de si, para a tristeza. É como se quisessem que a amplitude dessas ondas fosse menor, ou seja: não suba tao alto emocionalmente (não fique feliz demais) e não caia (não fique triste demais).

Se você fica feliz demais, as pessoas se preocupam se você está louco, ou que logo virá a queda. E sempre vem, faz parte da vida. Mas é como se as pessoas não pudessem atingir seus ápices por causa da consequente queda.

Da mesma maneira, a tristeza (ou o movimente descendente) também não é aceito, tendo que logo ser apaziguado com um “remedinho”, tipo uma fluoxetina, rivotril... Ou seja, parece que as pessoas devem viver sempre o mediano, o mais ou menos, o estável. Mas as batidas do coração, não seguem um movimento linear. Ao contrário, o movimento é de picos baixos e elevados, que obedecem um ritmo de equilíbrio entre estes picos. Num eletro, o movimento mais linear, com menos movimento de altos e baixos, significa problemas no coração. E o linear significa morte.

 
De maneira semelhante, quando não nos permitimos viver intensamente nossas emoções, somos levados à linearidade do sem graça, do sem sabor, do sem vida. Da morte das emoções.
As pessoas precisam entender que os altos e baixos fazem parte. É necessário aproveitar e se deliciar com os picos altos, com as boas emoções, com as realizações.Da mesma maneira, os momentos “deprimidos”, que nos levam à reflexão da vida e das decisões. Eles nos orientam também para a mudança. O incômodo é necessário para o crescimento.

Portanto, entenda querido leitor: não busque a linearidade na vida, não busque o “mais ou menos”, mais ou menos triste, mais ou menos feliz. Permita-se viver suas emoções com toda a intensidade. Quando a alegria acabar, aceite que há um ciclo que se finaliza e outro se inicia. Isso é crescimento. Não crescemos na alegria. Crescemos na dor. A alegria é o aprendizado com a dor, a comemoração da superação da dificuldade. Como uma formatura: esforça-se muito e a alegria é o sabor de uma etapa e um esforço vencido.
O equilíbrio está na manutenção da frequência destes altos e baixos.
No próximo artigo, vamos conversar sobre como aproveitar estes “baixos” para crescer.
Tenha uma ótima de semana!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Frustrações



Sabe o que mais dói nas pessoas quando elas se lançam num relacionamento? 
A expectativa frustrada. Independente do tipo de relação: profissional, namoro, amizade ou casamento. Normalmente quando conhecemos alguém, desenvolvemos uma série de expectativas em relação a ela, e estas podem ser as mais variadas possíveis.

Mas o que são estas expectativas? Na verdade são a projeção do nosso desejo sobre a pessoa. Assim como um projetor (data show) lança um feixe de luzes coloridas, com as características determinadas pelo computador, e que tomam forma numa tela. Da mesma maneira fazemos com as pessoas: nossos olhos enviam “feixes de luz” a partir do desejo do coração (computador) sobre a pessoa (tela).

A grande diferença, é que as pessoas não são como as telas de data show, que refletem e mostram aquilo que projetamos. Elas mesmas são fontes de luz, de desejos e de sentimentos, como nós.

Quando projetamos nossos desejos nos outros, estamos esperando que a pessoa responda a eles exatamente como enviamos (como a tela), tarefa que é impossível para qualquer um, mesmo que queria. Pois cada um carrega dentro de si uma existência única, temperada por experiências, sentimentos, desejos e também expectativas.

Se olharmos friamente, é loucura termos expectativas sobre as pessoas, assim como é louco esperar que água brote do asfalto. Mas no dia a dia é o que fazemos. As vezes isso dá certo, e a pessoa consegue atender ao nosso desejo (não exatamente, mas pode se aproximar muito), dependendo do nosso grau de exigência. Mas na maioria das vezes nos decepcionamos, e novamente projetamos nossa frustração na pessoa. Como? Quando você fica decepcionado com alguém o que normalmente pensas? “O fulano é que foi sem vergonha! Essa pessoa é egoísta!”. Dificilmente você vai pensar: “Na verdade esperei coisas que a pessoa não pode atender.”

Normalmente nossa tendencia é condenar e julgar a pessoa. Mas na verdade a responsabilidade pela frustração é nossa! Pois a expectativa fomos nós mesmos que geramos, nós que esperamos, nós que desejamos. Quando isso não acontece, nos magoados, odiamos (momentânea ou eternamente) a pessoa. Mas as vezes ela simplesmente não tinha como atender isso. Na verdade não é responsabilidade de ninguém suprir as nossas faltas, é nossa responsabilidade.

Nos frustramos quando colocamos a expectativa de que a outra pessoa é que nos fará felizes, que vai curar nossa carência, que vai fechar o vazio dentro de nós. Nesta expectativa sempre seremos frustrados, porque ninguém tem este poder.
Analise suas frustrações e suas expectativas em relação às pessoas. Será que estas foram justas? Ou a frustração cabe a você mesmo que esperou o que o outro não tinha condições de dar?
Pense nisso!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Faça Faxina!



Outro dia fui “fisgada” pelo livro “Jogue Fora 50 Coisas”. Este livro fala sobre maneiras de organizar nossa casa e nossa vida, descartando coisas sem serventia, reaproveitando outras, e ainda mais: fazendo uma faxina na alma. A ideia central do livro é que não devemos guardar, seja na casa ou na vida coisas que nos fazem mal ou não tenham utilidade. Esta ideia pode ser estendida aos relacionamentos: observo que há pessoas que buscam a todo custo manter alguns relacionamentos mesmo lhes fazendo mal. 

Há relacionamentos que nos fazem bem, mesmo havendo atritos e defeitos. Pois eles nos fazem crescer, trazem alegria, suporte para nossas dificuldades e aconchego para nossa dor. São pessoas que agregam valor positivo à nossa vida.

Há outros relacionamentos também bons, mas que podem estar esquecidos pela correria do dia a dia, pela distancia, ou pelo descaso. Como um objeto perdido no fundo de um guarda-roupa bagunçado. Relacionamentos bons, mas sem muito contato, sem muita troca, sem muito investimento. Por exemplo, um bom amigo que você não encontra sempre, mas quando encontra, é muito bom. Neste relacionamento devemos tirar o pó do esquecimento e trazer para o dia a dia, no cultivar de coisas boas.

Mas há relacionamentos que atrapalham nossa vida, como um entulho no meio da casa. Não fazem mal, nem bem, mas ficam ali, ocupando espaço e sugando nossa energia. Há outros, que nos atrapalham mesmo: tiram nossa paz, nossa autoestima, nos trazem problemas, nos magoam sucessivamente. Como um lixo velho aberto na cozinha: só a presença já incomoda.

Nestes dois tipos de relacionamentos, precisamos fazer uma faxina. Precisamos tirar da nossa vida, as pessoas que nos fazem mal. Parece injusto, imoral e dolorido (especialmente pelo julgamento e pela ideia que temos de “amar a todos”), mas é necessário. Pois permitir que uma pessoa participe da nossa vida é uma escolha. Assim como alguém que bate à porta da nossa casa, nós decidimos permitir que ela entre ou não. E não há nenhuma condenação nisso. Da mesma maneira, devemos selecionar quem vai fazer parte da nossa vida, pois perder tempo e energia com quem só nos faz mal, não vale a pena. 

 
Entendam, não é que as pessoas sejam descartáveis. Muito pelo contrário! Devemos respeitar a todos. Mas é necessário evitar relacionamentos que são negativos e cultivar os que fazem bem. Relacionamentos bons nos levam ao autoconhecimento, mesmo nos atritos, pois as diferenças nos levam a perceber como o outro é e como somos.

As vezes é difícil fazer esta “faxina”, mas acreditem: vale a pena. Vale a pena abandonar o que nos faz mal, para dar espaço para as coisas boas. Vale a pena deixar relacionamentos ruins irem embora (ou mandar embora) para que você consiga receber os “anjos” que a vida manda para você!

(Para quem se interessou pelo livro fica a dica:

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Inveja


Como nos sentimos quando vemos a alegria ou prosperidade de alguém? Há pessoas que se alegram com as conquistas dos outros. Outras, se ressentem disso, acreditando a pessoa teve “sorte”, desejando o mesmo para si.
Mas quem nunca sentiu isso? Atire a primeira pedra quem nunca invejou alguém. Todos nós, um momento ou outro sentimos isso, com mais ou menos intensidade e de diferentes maneiras:
Há a inveja “boa”, o sentimento de querer para si também o que o outro tem ou vive. Esta fica apenas no sentimento, no desejo. Algumas vezes essa “invejinha” faz com que movimentemos nossa vida, buscando caminhos para alcançar o que desejamos, pelo trabalho, estudo ou superação de si mesmo. E há a “inveja ruim”, que diferencia-se da primeira, não por querer o mesmo que o outro tem, mas sim por querer exatamente o que é dele, como o cargo, relacionamento, etc. Ou ainda, desejar e fazer com que a pessoa não tenha nada também, já que o invejoso não tem. Por exemplo, alguém que não tem um relacionamento sério deseja que a “amiga” não namore também, fazendo de tudo para destruir o relacionamento.
Independente de qual inveja se sente, seja “boa” ou “ruim”, ela é destruidora.
Quando somos acometidos pela inveja, nosso foco está naquilo que desejamos e não temos, e normalmente ficamos cegos quando ao caminho de se conquistar nossos sonhos. Ficamos nos ressentindo pelo o que o outro tem ou vive, observando apenas isto e mais nada. Olhamos para a falta e ficamos insensíveis àquilo que temos. Ignoramos as coisas boas da nossa vida. Desprezamos a nossa capacidade de fazer nossos sonhos acontecerem. A autoestima se esvai juntamente com a energia e alegria de viver.
As pessoas não percebem, mas este sentimento é muito mais destruidor do que se pensa. A inveja não destrói a outra pessoa, como se acredita no poder do “olho gordo”. A inveja destrói o próprio invejoso. O invejoso esquece de si, perde a identidade e vive a vida dos outros, sendo que a própria vida fica vazia e sem sentido. As vezes envolve-se tanto com a vida dos outros que fica insensível às próprias frustrações e própria dor. Perde a referencia de quem é, suas capacidades e seus sonhos. Perde forças e foco. Torna-se uma pessoa amarga e superficial, afastando as pessoas de si.
Creio que pela nossa própria saúde devemos estar atentos aos nossos sentimentos. Pois invejar a vida dos outros e não fazer nada para melhorar a nossa é perder tempo. Precisamos olhar para dentro de nós, estar em contato com o que desejamos e reconhecer nossas capacidades. Precisamos colocar a admiração no lugar da inveja. Nos inspirar nas conquistas dos outros como motivação para nossa vida e ser feliz!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Custa ser Gentil??


Outro dia, estava indo para a feira do produtor, no Jardim Curitiba e me deparei com uma inusitada cena de estresse, em se tratando de uma cidade tranquila como a nossa.

Descrevo: como havia grande circulação de pessoas por causa da feira, na rua estreita, os carros estavam estacionados em ambos os lados, permitindo a passagem de somente um carro por vez no trecho. Houve então a confusão: um pequeno caminhão ia por um sentido, seguido de mais três outros carros. Outro carro, vinha em sentido contrário e ficou o impasse: ninguém podia passar. Até aí tudo bem, se não fosse o estresse desnecessário do condutor do carro que insistia em buzinar e brigar com o motorista do caminhão, como se exigisse seu “direito”de passar pela rua. Ele estava tão envolvido em “brigar” e ter razão naquela situação, que não pode avaliar que o caminhão não tinha condições de manobrar, visto haver carros atrás dele. Também não observou que ele poderia manobrar seu carro e resolver o problema. A escolha do motorista, foi continuar a buzinar e estressar a todos. Resultado? Os três carros tiveram que dar a ré, para o caminhão manobrar e permitir a passagem do “rei da razão”.

E o que assusta nesta cena? Assusta ver que muitos andam esquecendo da gentileza. Hoje as pessoas estão mais preocupadas em ter razão do que resolver pequenos problemas. Pior, quando você é gentil, acham ruim. Quer um exemplo?

Você está subindo o calçadão, sábado perto do meio dia (muito movimento) e você dá chance para para aquele carro que, há 5 minutos tenta sair. As pessoas que estão atrás de você normalmente acham ruim. Achar ruim a gentileza?
 
Aí eu penso... custa ser gentil? Parece que as pessoas preferem ficar com a “razão” ao invés de resolver logo um problema ou facilitar a vida de alguém. Parece que vivemos em nossas “bolhas da razão” que nos leva a acreditar que nossas necessidades ou nossa pressa sejam mais importantes que os dos outros. Será? Se são mais importantes ou não, nunca saberemos. Mas é certo que, sendo gentil, você evita estresses. Imagine como deve ter sido o resto da sexta-feira daquele nosso amigo motorista do começo do artigo? E como ficou os nervos do motorista de caminhão?

Acredito que existem situações que realmente precisamos “bater o pé” por nossos direitos. Mas nem isso justifica uma briga ou a falta de educação. No dia a dia, não custa ser gentil. Facilita a sua vida, e a dos outros. Traz leveza e bem estar para todos nós. Não custa nada ser gentil!

terça-feira, 19 de junho de 2012

MALDITOS CONTOS DE FADAS


 (Para quem odiou o Dia dos Namorados... Porque claro, não está namorando, e está morrendo de inveja de quem está!)
No dia dos namorados foi muito interessante observar o comportamento das pessoas nas redes sociais. Umas publicando aos quatro ventos o quanto era feliz com o seu amor. Outras, indignadas, lamentando por não estarem com alguém neste dia. Dia de festa pra uns e frustração para outros.
Creio que as vezes as pessoas complicam demais as próprias vidas, e buscam sofrimento que não precisavam vivenciar. Muitos dos que lamentaram passar o dia dos namorados sozinhos estavam focando apenas na parte que lhes falta na vida: um grande amor, um companheiro(a). Como se esta falta fosse o maior de seus problemas ou o que lhe impede de ser feliz.
Aliás, resultado da geração que cresceu com os contos de fadas tipo Cinderela, Branca de Neve, etc... Que nos incutiu a ideia de que só seremos felizes quando encontrarmos nosso “príncipe/princesa” e aí tudo fica bem e a história acaba. A vida só é completa quando temos alguém.
Neste sentido, a maioria das pessoas acaba por viver em função do amor que lhes falta, esquecendo das coisas boas que têm: da família, dos amigos que adoçam e alegram a vida, das conquistas realizadas, da saúde que têm e de conforto de uma casa, água encanada, energia elétrica, etc., etc., etc. Olha como sua vida é legal!! Tá reclamando do que? 
 
Pessoas que somente olham para o relacionamento que não têm, esquecem do que tem. E pior, idealizam que um relacionamento resolve tudo na vida. Vá conversar com alguém que é casado há algum tempo, pra ver se tudo é tão perfeito assim! Você vai ver que as coisas também não são tão simples.
Se você não sabe ser feliz sem um companheiro, não saberá ser feliz quando esta pessoa chegar. Se você não sabe aproveitar agora sua vida, isso não vai acontecer milagrosamente quando começar a namorar ou se casar. Aliás, se você tem esse hábito, quando o “grande amor chegar”, você vai começar a reclamar dele(a), encontrar milhões de defeitos, e esquecer de suas qualidades. Não porque a pessoa tem defeitos, mas pelo seu hábito de não dar valor e cuidado para as coisas boas. Coisa que aliás, muitos só começam a valorizar quando perdem.
Quero dizer aqui que a vida é muito mais que um relacionamento, um namoro, um casamento. Devemos deixar de lado a "Síndrome de Cinderela", com a ideia de que seremos felizes somente quando encontrarmos nosso "grande amor". Poxa, a Branca de Neve era feliz com seus 7 amigos anões... Claro, depois ela encontrou o tal príncipe... Mas será que foi feliz? E os anões amigos que a acolheram quando ela precisou? Ela esqueceu deles? 
 
Não lamente por estar sozinho. Aproveite o melhor que cada fase da sua vida pode lhe oferecer. Faça planos, sonhe, trabalhe, viaje, faça amigos... só não lamente por sua vida, isso vai te envenenar. Valorizar as coisas boas é construir a própria felicidade.
Seja feliz! Namorando, ou não!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cultivar Amores, Aproveitar Amizades


Não sei o que me impele hoje a escrever. Talvez seja a empolgação reflexa ao ler um livro “Feliz Por Nada” de Martha Medeiros. Talvez seja por estar tranquila, relaxada, aproveitando minhas férias e com a cabeça livre das preocupações diárias. Minha única preocupação aliás, foi tentar visitar o maior número de amigos no melhor tempo de qualidade com eles.
Foi uma experiencia interessante. Enquanto muitos acreditavam que eu iria aproveitar a praia, tendo o privilégio de ter conhecidos morando em lugares “horríveis” como Balneário Camboriú e Florianópolis, eu optei por outro tipo de diversão: ver os amigos que ganhei da vida em minha trajetória de 5 anos em Santa Catarina. Amigos com “A” maiúsculo, como costumo dizer. Amigos de verdade, pessoas que amo imensamente e que fazem parte da minha história. Pessoas que conhecem algumas de minhas facetas. Umas conhecem as fragilidades, outras meus defeitos e outras ainda, estiveram comigo em momentos de muita dificuldade. Há aquelas que estiveram ao meu lado e contribuíram para meu autoconhecimento. E outras que participaram de tudo isso junto.
Claro, há as que não contribuíram para nada, ou talvez, por motivo que desconheço, procuraram tornar minha vida mais difícil, ou foram simplesmente insípidas quando lhes precisei do sabor. Essas, não me preocupei em visitar. Mas agradeço mesmo assim de sua participação na minha vida, pois me mostraram o que não devo ser.
Não consegui ver todos a quem amo, seria necessário pelo menos mais 5 dias. Mas deu para viver com intensidade todos os momentos que pude passar com eles. Do mar, vivi apenas um ou dois mergulhos. Das pessoas, vivi a intensidade de amar e ser amada. E o abastecimento emocional necessário para continuar minha caminhada e plantar novos amores, novas amizades em nova fase de vida aqui no Paraná.
E qual o proveito de tudo isso? Cultivar amores, aproveitar as amizades! Relacionamentos são vias de mão dupla: os investimentos vão e retornam. É bom investimento preocupar-se com tesouros de carne e osso, que são os amigos. Valorizar, investir neles. E ser um bom amigo também. Pessoas são muito mais importantes que praia, dinheiro ou ostentação (querer que os outros acreditem se somos melhores do que realmente somos). E na simplicidade de se ser quem é, se sentir amado por simplesmente existir, viver o prazer de ter amigos... é bom demais!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Carência


Quem nunca ficou carente? Aquele sentimento de estar sozinho, um vazio, um mal estar que parece que só pode ser sanado com a presença e o amor de uma pessoa específica. Segundo o dicionário Michaellis, carência significa “necessidade”; “Falta do preciso”. Engraçada essa definição da “falta do preciso”, como sendo a falta de algo específico. O estranho é que muitas vezes quando nos sentimos carente, nem sempre é devido à falta de algo específico. As vezes é um estranhamento, um desejo difuso, meio perdido. Por outras, a falta é de algo (ou alguém) tão específico que parece que é impossível ser suprido.
Sentir isso de vez em quando é normal. É chato. Mas de uma maneira ou outra, passa. Especialmente quando conseguimos focar nossos pensamentos e ações naquilo que temos ao nosso alcance ou naquilo que nos faz bem e não no que nos falta.
Normalmente as pessoas se preocupam mais com o que faz falta. E quanto mais pensam nisso, mais carentes ficam. Parece fácil falar para a pessoa pensar nas coisas boas que ela tem para diminuir a carência. Simples de dizer, difícil de fazer. Por outro lado, se nada for feito, a carência continua e as vezes fica crônica. O que fazer?
Podemos olhar para situação e analisar: tem solução ou não? Existe algo a se fazer? Ou é impossível suprir esta falta? Quando se há algo a fazer, a melhor coisa é ponderar os sentimentos e tomar atitudes para que possamos atender nossas necessidades. Muito acham que são as outras pessoas que devem suprir nossas faltas. Esse é o caminho mais curto para a frustração. Há pessoas que reclamam do casamento, do companheiro (a). Mas pouco fazem para nutrir o próprio relacionamento, ficam apenas esperando a atitude do cônjuge. Vão continuar carentes, com certeza. Não adianta esperar. É necessário fazer algo por si mesmo.
Mas quando a carência não pode ser suprida de alguma forma (esperar o carinho de alguém que já foi, ou que ainda não existe), resta a aceitação. Sim, aceitar que não se tem aquilo que precisa e focar naquilo que se tem e lhe dá satisfação.
Não é possível ter tudo, mas é possível se satisfazer com aquilo que temos. Ficar carente, faz parte da vida. Viver carente, isso é outra coisa. Viver carente se torna uma dolorosa escolha, e que as vezes vira vício. Vício de se sentir deixado de lado, vício de ter o papel de “coitadinho”. Disso para uma depressão, pode ser um pulo. Neste caso, procurar ajuda profissional é imprescindível. Carência, pode ser um estado emocional que passa. Viver carente é uma péssima opção de vida.

sábado, 21 de abril de 2012

Onde vamos parar??


Onde vamos parar? Ou melhor, a que ponto já chegamos?
Outro dia me surpreendi ao ler no jornal de que um diretor de escola fora agredido por alguns alunos. Depois me deparo com a notícia de pessoas que induziram um rapaz a beber até passar mal e morrer. Adolescentes que botam fogo em mendigos. Onde está o senso de respeito à dignidade das pessoas? Que outras atrocidades nossa sociedade vai continuar permitindo que aconteça?
Professores já não são respeitados, nem como quem tem a responsabilidade de transmitir o saber e muito menos como autoridade em sala de aula. Pessoas com algum tipo de deficiência ou em classe socioeconômica mais pobre são vistas como inferiores, ou menos dignas de respeito.
Quais são os valores que estamos passando para nossas crianças? Quando julgamos alguém por sua aparência, ou quando achamos que o dinheiro pode comprar qualquer coisa, até uma vaga na faculdade sem o devido esforço para conquistá-la? Pessoas que não respeitam o horário de um compromisso, uma fila no supermercado ou a dificuldade de idoso.
De onde se tira a ideia que maior grau de instrução, maior quantidade de bens ou dinheiro, aumenta o valor de uma pessoa? Valoriza-se o rico, despreza-se o pobre. Minimiza-se a dignidade das pessoas, em especial o diferente.
O filho apronta na escola, desrespeita o professor. O papai/mamãe vai lá defender o filhinho e ainda dizer que a escola está errada. Uma mentirinha é melhor ser dita do que falar a verdade e lidar com um problema. É mais fácil colocar a culpa nos outros, no governo, no sistema, no professor, no filho, na babá, na vizinha, na falta de tempo, etc., etc., do que assumir a responsabilidade sobre os próprios atos. É mais fácil colocar a sujeira por debaixo do tapete. É mais fácil dar presente para compensar a ausência, do que dedicar tempo para ensinar os filhos o que é certo e errado.
Infelizmente hoje os valores se invertem: as coisas assumiram a prioridade em relação às pessoas. O interesse próprio é superior ao interesse da comunidade. Valores como respeito aos outros, generosidade, honestidade, estão se perdendo. O resultado? Está aí, nas tristes manchetes dos jornais... Qual é sua contribuição para mudar isso?
Você vai me dizer: “é dificil mudar uma sociedade”. Sim, é difícil. Mas há uma atitude que está ao seu alcance: o BOM EXEMPLO. “Seja você a mudança que quer no mundo”.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Desconecte-se




Outro dia vi uma matéria na internet que dizia que os usuários dos smartphones (aqueles celulares com conexão com internet e redes sociais) estão mais estressados do que a maioria das pessoas. Tal estresse deve-se à ansiedade das pessoas em ver a última atualização das redes sociais (twitter, facebook), checagem de e-mails e mensagens. É engraçado como isso pode ser viciante.
Outro dia vi uma cena bizarra, que tão comum, não chama mais a atenção de ninguém: num restaurante um casal de namorados termina a refeição e aguarda o cafezinho. A estranheza está no fato de ambos estarem tão entretidos com seus smartphones que acabaram ignorando completamente a presença do outro ao seu lado.
Tão comum que isso se tornou, que as pessoas nem percebem mais a “indelicadeza” que cometem ao ocupar mais a atenção com um aparelhinho eletrônico do que com a pessoa que está ao lado. Fico observando a dimensão que as relações virtuais e digitais estão tomando na vida das pessoas. Quem nunca se questionou a respeito da pessoa que comenta e curte suas publicações nas redes sociais, mas nunca pegou o tal aparelhinho de celular e ligou pra você? Aliás, questionamos as pessoas disso, mas nós mesmos acabamos fazendo o mesmo.
O que está acontecendo com as pessoas onde os relacionamentos “digitais” tomam espaço dos “presenciais”? Claro que a emoção e a proximidade das relações digitais são tão reais quando estar perto de alguém. Mas nada substitui o olhar, o abraço, o cheiro, o toque, a pele.
Creio que as redes sociais e os relacionamentos estabelecidos vem a acrescentar algo bom na vida das pessoas, se bem utilizados. É bom ter contato com pessoas que estão fisicamente distantes, encontrar pessoas que há anos não se vê e saber como elas estão. É bom saber o que elas pensam, e de alguma maneira concordar ou discordar delas.
Tudo isso é muito bom. A questão é quando estas relações virtuais ocupam mais espaço na nossa vida do que as pessoas que estão realmente perto de nós. Há um vídeo tocante no youtube sobre isso “Desconecte-se para se conectar”, mostrando claramente como as pessoas “desaparecem” quando nos conectamos aos “aparelhinhos”. Ao invés de aproximar as pessoas, parece que está afastando cada vez mais uns dos outros.
O único recadinho da semana é... dê prioridade a quem está ao seu lado. Quem está do outro lado da tela, espera, olha depois... o recado fica salvo, não se preocupe. Mas o tempo que você deixa de aproveitar com a pessoa que está presente com você não volta. E só é “salvo” quando bem aproveitado... do contrário, os segundos, a existência, vai pra lixeira. No filme “Nosso Lar” há uma frase que instiga a reflexão sobre isso: “Quantos anos são necessários para reconstruir um instante?” Espero não precisar desejar querer reconstruir qualquer instante... quero todos os meus bem vividos...
http://www.youtube.com/watch?v=SGhYBOk_Pxc

quarta-feira, 28 de março de 2012

Viver Sem Limites




Outro dia, conversando com algumas pessoas sobre o abuso do álcool uma pessoa comentou: “Tem gente que segue a propaganda da TIM: Viver sem limites”. Na verdade o slogan da TIM é “Viver sem fronteiras”, o que é bem diferente de viver sem limites. Mas há quem acredite que viver bem é viver sem limites.

O que é viver sem limites? Viver em plena liberdade? Ás vezes as pessoas tem a sensação de que ter liberdade é não ter limites para nada. Sem limites para se divertir, para festar, para beber, para o que der na cabeça. Enfim as pessoas desejam muito não ter limites para o que é bom.

E desejar isso, na verdade não é ruim. O problema é que a vida tem limites, nossa saúde, nossa conta bancária e as pessoas com as quais convivemos também. Nós todos temos limites. Viver com liberdade está muito mais ligado aos limites que imaginamos. Liberdade é quando sabemos até onde podemos ir com nossas atitudes, decisões. Quando sabemos calcular as consequências de nossos atos e escolher o que é melhor.

Os limites devem estar nas atitudes, pensando nos possíveis resultados do que fazemos ou do que não fazemos. Algo pode parecer bom, mas mesmo o que é bom, se exagerarmos, faz mal. Por exemplo? Exercícios físicos, são ótimos para a saúde, não é mesmo? Mas se não respeitarmos os limites do nosso corpo, se extrapolarmos sua capacidade de se adaptar o que acontece? Temos lesões, dores, etc. Tomar água é bom. Mas em exagero, também prejudica nosso corpo. Trabalhar? Trabalhar é muito bom, mas se ocuparmos todo nosso tempo somente com o trabalho, por mais que seja bom, acaba nos prejudicando, seja na saúde ou relacionamentos.

Amar também é bom. Aliás, é ótimo. Mas quando este amor extrapola a individualidade do ser amado, ou quando ama-se tanto algo que esquecemos de nós mesmos, acaba sendo ruim e levando a um relacionamento doentio.

O que quero dizer com tudo isso é que, viver sem limites não é viver a vida de maneira inconsequente. Viver sem limites é saber usar da liberdade que se tem de escolher o que é melhor para si. É identificar e se desprender das correntes (seja ideias, dogmas, crenças) que nos impedem de ser feliz. Viver sem limites é dar asas aos sonhos e olhar para a realidade com o planejamento e ações para fazê-los acontecer. Viver sem limites é olhar para si e gostar do que vê. É construir pontes, laços, se deslumbrar com a vida e olhar para o melhor que ela tem a nos oferecer. E aceitar e enfrentar as dificuldades que ela impõe. 

Viver sem limites é saber que a vida tem limites.

quarta-feira, 21 de março de 2012

A Mulher de Hoje



Quem é a mulher de hoje? Ultimamente tenho me perguntado isso.
A superação da mulher em várias áreas da vida está estampada hoje no rosto de todas. É muito interessante observarmos a mudança espantosamente rápida que ela teve na sociedade. Há não muito tempo o lugar da mulher era de dona de casa e de mãe.
Hoje vejo um incremento do espaço da mulher. São somo mais donas de casa e mães. Aliás, já não temos mais o direito de ser só isso: temos de ser boas administradoras da casa, boas mães, boas profissionais (de sucesso especialmente). Precisamos saber nos relacionar, devemos ser boas amantes, estar com o corpo em dia, cabelo lindo, unha perfeita e zero celulite. Temos de dar conta das compras e contas da casa, cuidar e educar os filhos (que devem sempre estar lindos, cheirosos e ir bem na escola) e com a festa de aniversário perfeita. Já foi-se o tempo em que festinha de aniversário de criança tinha meia dúzia de bexigas, um bolo, gelatina nos copinhos de café e mini cachorro quente.
Quantas responsabilidades! E ainda temos que dar conta de sermos pessoas cultas e informadas. Sem esquecer, é claro, de estar sempre sorrindo. E sabe o que é interessante? Damos conta de tudo. Fazemos tudo isso sem problema algum.
Ailás, isso não é novidade pra ninguém. Aliás, é orgulho de todas. Independência, autonomia, energia, superação! Brigamos por nosso espaço, defendemos nossos direitos e nos defendemos. Não precisamos de mais nada. Será?
Será que conquistamos tudo o que precisamos?
Nunca se consumiu tantos medicamentos para depressão e ansiedade. Nunca as pessoas estavam tão estressadas. Nunca os contatos sociais e a proximidade afetiva foram tão raros.
Por vezes é necessário dosar as coisas na nossa vida. Aprender a respeitar os limites do corpo, os limites da alma. Priorizar o que é mais importante. Avaliar o que é realmente necessário. Pedir ajuda. Compartilhar. Se permitir ser cuidada, ser frágil. Mesmo que saibamos que somos fortes. Mas é importante aprendermos a não só conquistar espaços e reconhecimento na sociedade, mas a sobreviver a tudo isso com saúde e plenitude de nós mesmas. Para isso é imprescindível conhecermos a nós mesmas, nossos sonhos, desejos e nossos limites.
Feliz Mês da Mulher!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Eu Adoro Minha Televisão II



Estamos na “temporada” dos reality shows na TV! E é impossível não falar sobre isso. É interessante como estes programas suscitam algumas discussões, como a recente suspeita de estupro no BBB 12. Tal ocorrido faz as pessoas comentarem e refletirem a respeito do abuso sexual, consumo de drogas, comportamento promíscuo e até mesmo da utilidade de se assistir tais programas.
Confesso que estava bem por fora de tudo isso e que precisei pesquisar um pouco para poder falar do assunto. Outro dia até consegui assistir 5 minutos do BB. Só 5 minutos? Sim! Não consegui assistir mais. Não consegui me interessar pela vida de pessoas que não fazem parte da minha vida, e que ficam discutindo banalidades, fofocas e maldades entre si. Qual é o proveito disso? Pra mim um circo de horrores, onde se legitima o interesse pela vida alheia, em detrimento à atenção à própria vida.
A banalidade é valorizada. A futilidade exibida em horário nobre. E fazemos o que? Sentamos e assistimos passivamente, deixando de usufruir de um tempo valioso com nossos amados.
Radical eu? Não sei. Mas me diga o que você aprendeu no ultimo BBB? Na “A Fazenda” ou programas parecidos que você assistiu? O que você tirou de proveitoso para sua vida no último episódio de “Mulheres Ricas”?. Se aprendeu algo legal para sua vida, por favor, me mande um e-mail. Estou muito interessada em saber (e quem sabe partilhar da ideia no próximo artigo...).
As vezes somos coniventes com o “estupro mental” dos programas de televisão. Permitimos e aceitamos ser usados como massa de manobra. Enquanto muitos se preocupam com quem vai sair no próximo “paredão”, a vida continua acontecendo. Nossos governantes discutem e aprovam leis que interferem diretamente na nossa vida. Vereadores e prefeitos fazem ou deixam de fazer coisas em nossa cidade. Pessoas precisam de nosso amor, de nossa atenção. Nossa vida continua.
E enquanto isso se faz o que?? Fica-se parado, estagnado, alheio a si mesmo e assistindo a vida alheia.
Ainda estou tentando ver se encontro algum proveito maior nisso do que cuidar e investir na própria vida. Porque enquanto assistimos à banalidades, somos violados do nosso precioso tempo. O estupro da inteligência, do tempo e do investimento naquilo que é mais precioso: nós mesmos, nossos relacionamentos... no nosso viver.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Marcas da Vida


Outro dia numa festa de aniversário, ouvi da anfitriã uma frase que achei muito profunda: “O aniversário é um momento de se olhar para o passado com gratidão e o para o futuro com fé.”
Que lindo ponto de vista!
Você lembra da sua infância, a empolgação que sempre vinha com o seu aniversário? Pelo menos para a maioria das pessoas, o aniversário sempre era esperado com muita ansiedade, especialmente por causa dos presentes. Mas além disso também havia um orgulho: “agora eu já tenho 8 anos!! ou “tenho 10 anos!!” E melhor ainda... “Fiz 18 anos!!”
Quanta coisa envolvida: a empolgação pelo crescimento, pelo fato de estar ampliando seu lugar e importância social, por estar conquistando e aprendendo tantas coisas. Que delícia é fazer aniversário quando criança, não é mesmo?
Mas porque muitos, quando adultos começam a se envergonhar da idade, ou querem que esta data passe em branco? Talvez a resposta para esta pergunta seja algo muito pessoal, mas vale a pena algumas reflexões.
Vivemos numa cultura em que o “novo” é valorizado e o que é antigo é sobrepujado pela novidade. Os idosos por exemplo, há alguns anos eram valorizados e respeitados, como exemplo de conhecimento e sabedoria. Hoje? Hoje somos tão atropelados pelas inovações tecnológicas, pela enxurrada de informações, que fica difícil acompanhar tudo. Dificuldade especial que muitos que não cresceram com este ritmo frenético de novidades, tem dificuldades de acompanhar. Ou seja, ficam “por fora” das coisas.
Outra fator em nossa cultura, é que a juventude é considerada bonita e as marcas do tempo no rosto devem ser disfarçadas, escondidas, eliminadas. Mas marcas de expressão do rosto não devem ser vistas como algo negativo, mas sim como sinais de uma vida que foi vivida. Podem ser marcas positivas ou negativas. Êxitos, fracassos, acertos, erros, investimentos, lucros, perdas, aprendizados... Tudo que vivemos marca no coração e na pele.
Que marcas da vida você tem? Você consegue olhar para trás com gratidão? Com orgulho? E para o futuro, o que você sonha?
Aniversário é um momento para fazer um “Raio X” da vida, do que foi realizado e o que se tem a realizar. Dos acertos, erros e aprendizados. De utilizar todas as experiencias do passado em benefício dos sonhos do futuro. Mas não precisamos fazer isso só no aniversário: pode ser no início do ano, do mês, da semana. Agradecer o que passou (seja bom ou ruim) e ajustar os desejos e ações do futuro. E agradeça sempre, as marcas que ficam, pois é sinal de uma vida que foi realmente vivida.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

E Viva o Carnaval!!!


Tem muita gente comentando e lamentando não ter o tradicional Baile de Carnaval aqui em Goioerê. Mas... o que é esta festa mesmo? Ah, dizem que é uma expressão da cultura popular, tipicamente brasileira, marcada pelo samba e marchinhas de carnaval. Um baile onde as pessoas se preparam, se produzem, se fantasiam e liberam suas fantasias e desejos. É... isso pode até ser legal. Vive-se a brincadeira, a descontração.
Mas será que é realmente isso o carnaval? Ou é uma festa onde justifica-se o alto consumo de álcool e drogas, onde a promiscuidade é permitida?
Receio que atualmente, o carnaval (e muitas outras festas) tenha se tornado uma mera desculpa para os abusos, para a banalidade. As pessoas vão para as concentrações do bloco muito mais para beber do que outra coisa. Maior parte já chegam bêbados aos bailes. Isso é cultura? Ou é a festa do exagero? Que diversão é essa que as pessoas precisam estar praticamente dopadas por substancias para poderem rir e se divertir? Pior ainda, é ver adolescentes participando das “orgias alcoólicas” com o consentimento dos pais.
Além da banalidade dos relacionamento onde as pessoas se dispõe como objeto sexual de outras, só porque é carnaval. Pesada a palavra? Mas será que não é isso mesmo? Você se coloca sexualmente à disposição de alguém, para um momento de prazer. Você usa o outro e é usado também. E as vezes nem lembra o nome do “parceiro”. Mas isso pode, porque é carnaval. A banalidade das relações, banalidade da diversão, banalidade da responsabilidade nas atitudes.
Aumenta-se o efetivo de policiais para garantir a segurança nas ruas. Aumento do número de acidentes de transito por causa das bebedeiras. Aumento do trabalho nos hospitais para atender estas vítimas, ou para socorrer aqueles que não conseguem respeitar os limites do corpo e exageram na “diversão” e bebida.
Sinceramente, não lamento o cancelamento do carnaval. Lamento sim, a falta de opções saudáveis de diversão. Lamento haverem pais que permitam que seus filhos experimentem uma cervejinha ou um copo de uísque antes dos 18 anos... só porque é carnaval. Lamento as pessoas só conseguirem se divertir com um copo na mão, e de preferência cheio. Lamento a visão limitada da maioria ao não enxergar formas diferentes de se divertir... Lamento a existência do carnaval. Não lamento a cultura, mas, a banalidade.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Se a escola é boa, por que minha mãe chora?


Está aí uma coisa que angustia muitos pais: deixar seus filhos pela primeira vez na vida, sozinhos, na escola. Se você conversar com qualquer professor de crianças, ele terá várias histórias para contar. Uma ansiedade de separação. Mas nem sempre essa ansiedade é sentida pela criança. Muitas vezes é sentida somente pelos pais. Medo de saber que o filho está longe da segurança de suas “asas”, de não ter mais o controle sobre o que acontece com ele. Culpa por “deixá-lo sozinho”. Preocupação se ele vai se adaptar, se não vai sentir falta dos pais e chorar...Pior é quando a criança, de tão animada com as novidades da escola que nem sente a tal separação. Que martírio!
Mas a escola não era para ser legal? Então porque minha mãe tá chorando?” - pensa a criança. Então ela desconfia que as coisas boas ditas a respeito da escola não são tão boas assim. Do contrário, porque sua mãe estaria chorando?? A criança então, sente-se insegura e chora também... aí fica o “chororô” entre pais e filhos, e os professores tendo que administrar tanta carga emocional.
Lembro do meu primeiro dia de aula. Cidade nova, escola nova. Não conhecia ninguém. Lembro do meu pai me levando pelo longo caminho entre o portão da escola e o pátio onde se reuniram os alunos em fila para a entrada nas salas de aula. A fila era em ordem crescente de tamanho, primeiro os menores e depois os maiores. Meu pai me apresentou para uma professora, se despediu e saiu. A professora pediu que eu fosse ao final da fila, já que estava em cima da hora da entrada dos alunos à sala. No final da fila, estava uma menina muito alta, enorme, na verdade. Duvidei que ela fosse da primeira série, e conclui que talvez eu tivesse na fila errada, que tivesse que estar entre criança menores. Não encontrei nenhuma fila de crianças meu tamanho (eu era bem pequena), e resultado: todas as crianças entraram nas salas e eu fiquei ali sozinha no pátio. O que eu fiz? No auge dos meus 6 anos recém completos, chorei até ser acudida por uma secretária que me encaminhou até a minha turma.
O que eu quero dizer com isso?
Que as crianças sabem se virar, de uma maneira ou outra. O que é importante é que a criança se sinta segura por algum adulto nesta situação nova (e quem sabe com situações inusitadas, como esta que passei). É importante que os pais consigam segurar a própria ansiedade de estar longe dos filhos, e lidar com a fantasia que eles são frágeis, indefesos. Se eles se sentirem seguros e souberem que podem recorrer a algum adulto na escola, essa adaptação à nova fase de vida será mais fácil. Será mais fácil encarar a sala de aula sabendo que seus papais estão seguros lá fora...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O que o medo tira de você?


Quando o amor era medo, a vida era andar por entre espinhos” (Frejat)

Quando recebi essa tirinha fiquei pensando nas quantas coisas que deixamos de aproveitar da nossa vida por causa do medo. Medo de dar errado, de perder, de arriscar. Já deixei de viver por causa de uma fantasia de que eu iria me dar mal. E normalmente nossos medos estão mais baseados em fantasias, em suposições, do que na realidade.
Quantas vezes você já não deixou de falar que gosta de alguém porque tens a ilusão de que não vai ser correspondido? E depois você descobre que daria certo, bastasse uma atitude sua? Dizem que 90% das nossas preocupações e medos não se concretizam. Creio que seja real, pois as pessoas baseiam seus medos em hipóteses e não em dados concretos. Também não assumem o risco de tentar.
E você? Quantas coisas você permitiu que o medo tirasse de você? O quanto você deixou de viver por causa do medo? Sua vida está sendo andar por entre espinhos? Ou vale a pena tentar? Assumir riscos e viver?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ano novo.. Vida nova...


Pois é... já iniciamos o segundo mês do ano. Passou-se as festas, as comemorações e agora o ano começa pra valer. Tá certo que há aqueles que acreditam que o ano só começa depois do carnaval. Ou seja, perde-se dois meses com embromações, com morosidade pela crença de que a vida só vai deslanchar depois do dia 22 de fevereiro. O ano de 2012 é que vai acontecer? Ou é sua vida que vai acontecer em 2012?
É interessante o acúmulo de promessas que as pessoas fazem no início do ano e são esquecidas. Deve ser o “Efeito Carnaval”. As pessoas esperam passar o carnaval pra iniciar as atividades, mas até lá, acabam esquecendo das promessas e o resto do ano continua igual.
Fazer planos é fácil. Difícil é fazer acontecer. Requer não só ter um objetivo, mas um planejamento e sobretudo ação. É preciso não só pensar, mas registrar num papel, pensar em como e quando vai se alcançar o que se deseja. E depois, agir.
As pessoas, em cada novo ano, se enchem de desejos de saúde, sucesso, dinheiro, amor. Mas só desejar não adianta. Não haverá dinheiro sobrando se você não trabalhar, não economizar. Não haverá amor, se sua atitude for egoísta, se você não investir nos relacionamentos. Sua saúde não será das melhores se você não cuidar da sua alimentação, fazer exercícios ou ir frequentemente ao médico.
Há de se abandonar a ideia de que um ano novo por si só muda as coisas. O que muda a vida são nossas ações. No final do ano passado me surpreendi ao achar no meio de vários papéis, uma lista das coisas que eu desejei realizar em 2011. Eu nem lembrava que havia feito isso. Foi uma grata surpresa ao ver que mais de 70% dos meus planos, eu havia realizado ou estava realizando. Este ano, a listinha será renovada, e outras metas serão mantidas.
E você? Já fez sua listinha? Podem ser objetivos simples, mas faça. Pense em metas em todas as áreas da sua vida:
  • Investimento pessoal: estudos, viagens, aparência, etc;
  • Saúde: alimentação, exercícios, ou aquela consulta que você anda adiando, etc.;
  • Vida Profissional: metas para sua profissão ou trabalho;
  • Vida familiar: quais são as atitudes que melhorariam o dia a dia na sua família;
  • Vida financeira: poupança, quitação de dívidas, planejamento financeiro, etc;
  • Vida social: investimento nas amizades ou trabalho voluntário;
  • Vida espiritual, e por aí vai.
Faça planos. Trace metas. Planeje quando e como você vai fazer. E faça! Pois quem tem o poder de fazer o ano de 2012 um ano diferente, é você! Ano novo, vida nova! Isso é você quem faz!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Aventure-se

Sabe aquelas coisas que a gente tem vontade de fazer, mas não faz por vergonha?Quantas vezes você já não reprimiu um desejo de falar algo, fazer, inventar, inovar pelo puro medo de parecer ridículo? Ou de temer o que as pessoas vão pensar de você?
 
Pois é... descobri outro dia, que às vezes isso é idiotice.
 
Idiotice é deixar de fazer o que você tá louco pra fazer, por medo do olhar dos outros ou de fracassar.
 
Possibilidade do fracasso? Sempre haverá. Mas fracasso igual é nem tentar. Outro dia li uma frase que dizia mais ou menos assim: “você não pode alcançar um grande sucesso se não aceitar a possibilidade de um grande fracasso. Os dois caminham de mãos dadas” (Gail Blanke). Sendo assim, você só poderá ter sucesso se atravessar o medo do fracasso e tentar. Fracassar é uma possibilidade que faz parte, não há nada totalmente seguro. Aliás, até dá uma emoção maior na hora de se realizar.
 
Julgamento das pessoas? Quanto a isso, não há muito o que se fazer, pois de uma maneira ou outra, as pessoas sempre estão nos medindo, nos avaliando, nos julgando. O que faz diferença na nossa vida é o grau de importância que damos a este olhar, a este julgamento. Ruim é quando damos tanta importância, que deixamos de viver nossos sonhos, de aventurar-se no próprio desejo, vivendo uma vida para agradar alguém. Com o tempo, a vida fica vazia, sem brilho, e a emoção é  vivenciada na projeção de si mesmo nas novelas e filmes.
 
Triste? Não precisa ser.
É legal por vezes enfrentarmos nossos medos, nossas vergonhas e fazer o que desejamos: desde cantar num barzinho, gritar na rua que você ama alguém, fazer malabarismos, brincar como criança, ou sei lá o que você possa desejar. Não tenha medo do ridículo. O medo do ridículo nos torna ridículos. Você já percebeu que quando alguém se lança a fazer algo sem este medo, se lançando de corpo e alma naquilo que deseja fazer, todos aplaudem?
 
Experimente. Faça. Perca o medo. Aventure-se. Seja feliz!