quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Páginas em Branco


Outro dia num grupo de amigas, uma pessoa fez uma brincadeira, trazendo um livro com um título pra lá de interessante: “A Vida Sexual da Mulher depois dos 50”. Sendo que estavam ali várias mulheres, todas ficaram curiosas para saber do que se tratava. E para nossa surpresa, as páginas do livro estavam em branco. Uma simpática brincadeira em que todas comentaram e riram. Mas o que me chamou a atenção em tudo isso é que uma das presentes disse: “Me dê aqui este livro! Se não tem nada escrito, eu vou escrever!

Esta atitude me surpreendeu muito. Havia alguém que não se conformou com o que estava ali, posto, pronto. Houve alguém que, mesmo na brincadeira, trouxe o surpreendente: a possibilidade de mudança, de construção, da não acomodação.
Isto me fez pensar a respeito do que fazemos com a nossa vida. Será que nos conformamos com aquilo que está posto, pronto, com a realidade que conhecemos? Ou estamos dispostos a escrever nossa própria história, como um livro em branco, pronto para receber nossos sonhos, projetos e ações?

Por vezes nos acostumamos a simplesmente aceitar a vida como ela se apresenta, a seguir em frente, a “deixar o barco correr”. E por vezes reclamamos que nossa vida não está da maneira que sonhamos. Mas será que estamos escrevendo nossa própria história? Será que estamos realmente fazendo nossa vida acontecer? Ou estamos deixando que as situações ou que outras pessoas escrevam nossa história? E as vezes usamos estas mesmas pessoas como responsáveis pela mediocridade da nossa vida.

A vida é um livro que deve ser escrito por nós. Este livro se escreve com sonhos, com planejamentos, com atitudes, decisões e com comprometimento com a própria história. É preciso coragem, atitude e determinação para isso. Pode até ser mais fácil deixar a vida correr, deixar as coisas acontecerem. Mas é mais bonito e satisfatório fazermos nossa história acontecer. Um dia eu li uma frase do filósofo Foucault que me impactou muito: “Cada um faça da sua vida uma obra de arte”.
Bom... escolhi fazer a minha obra de arte, que é única. E como está a sua história? Faça dela uma obra de arte também!

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