quarta-feira, 24 de abril de 2013

Armadilhas da Depressão


 Já conversamos aqui sobre os altos e baixos que fazem parte da vida. Passar por uma dificuldade, ou um momento em que nos sentimos incapazes, sem forças, é algo comum. O problema é quando diante dessa sensação de incapacidade, ou de tristeza (especialmente nos casos de depressão) a pessoa fica estagnada, paralisada.

Alguns imaginam que a vida é assim mesmo, que o sofrimento “vem do nada”. Ou até tem ideia da origem destes sentimentos, mas não fazem nada. Ficam na espera e na expectativa louca de que isso se resolva sozinho, ou passe com o tempo. Há aqueles que se alimentam do sentimento pena das pessoas. Uma grande armadilha da depressão: ficar na expectativa de que as pessoas ou a situação ao seu redor mude. Aliás, colocam os outros como responsáveis por seus sentimentos e sua condição. Grande engano. Pois enquanto a pessoa espera que as coisas mudem, ou que o seu sofrimento vá sensibilizar o outro, o sentimento de tristeza, de incapacidade vai aumentando. E a raiva também!

Outra loucura da depressão, é que, se achando o “coitadinho” e esperando que as pessoas tenham dó. A pessoa com depressão agride constantemente os outros, seja com reações agressivas, ou seja de forma velada. As pessoas em volta ficam o tempo todo se policiando nos atos, nas palavras, para evitar uma crise de choro, uma briga, ou qualquer outra reação. O deprimido acha que sofre sozinho, e não consegue perceber que as pessoas mais próximas sofrem também.

A grande dificuldade está na questão de que o deprimido não faz nada para se ajudar. Sempre coloca impedimentos. Claro, há um lucro maluco nisso: estando mal, ela tem atenção das pessoas. Infelizmente uma conta complicada essa, pois o preço é alto demais.

Se você se viu algo de você nestas palavras, não fique parado, faça algo. Não espere o mundo mudar. O mundo que precisa mudar está dentro de você. A pena dos outros não resolve. Se a pessoa não cuidar, a depressão vai tomando conta da vida até ela não conseguir fazer mais nada. É como uma erva daninha, que vai crescendo devagarinho, devagarinho, e se nada for feito, ela mata todo o jardim.

Não deixe a depressão tomar conta de você. Você é maior que isso. Mas precisa ter coragem para encarar a si mesmo no espelho, suas dificuldades, suas dores. Busque ajuda e arranque o mal pela raiz.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A Primeira Impressão.... Não é pra ficar!!!


 “A primeira impressão é a que fica.” Com certeza você já deve ter ouvido, dito e concordado com esta frase não é mesmo? Vamos concordar, a primeira impressão que temos de alguém tem um grande peso sobre nossa opinião sobre quem ela é, não é mesmo?

Felizmente nem sempre isso é verdade. Isso porque, podemos estar enganados e principalmente que cada um de nós é muito maior e mais amplo do que um primeiro conceito pode abarcar.

Quando eu era adolescente, lá pelos 13 anos, eu adorava jogar vôlei na rua com a minha vizinha de frente e as meninas da mesma rua. Eu não jogava nada bem, mas era divertido. Houve um dia que apareceu uma menina chamada Queila, amiga dessa minha vizinha pro jogo. Não sei porque, mas achei a tal Queila super chata, metida, voz irritante. Credo! Tanto que desgostei da menina, que quando eu via que a bicicleta da chata estava estacionada na casa da vizinha, eu dava meia volta e ficava em casa. Coisa infantil, claro. E foi assim até que mudei de colégio. Primeiro dia de aula: os amigos se encontrando, os colegas se confraternizando e eu ali, sozinha, no meio de um monte de adolescentes que nunca tinha visto na vida! A situação que pra mim, tímida, começava a ficar insuportável. 
E eis que vejo … sim... .... Ai meu Deus!!!
A Queila!!! 
Ela ia estudar na mesma turma... 
No auge do meu desconforto, resolvi conversar com ela com um “oi” tímido. Ela foi super simpática, me apresentou algumas pessoas e como toda boa anfitriã, me mostrou o colégio todo. Resumindo a história, nos tornamos grandes amigas, confidentes, fui madrinha do seu casamento e a amizade permanece já há 18 anos.

Como pode aquela insuportável se tornar tão grande amiga? 
Minha teoria é que talvez eu fosse tão insuportável quanto ela. Costumamos projetar nos outros, as características que odiamos em nós. É mais fácil ver os defeitos dos outros do que os nossos.

Enfim... naquela situação do colégio, acabei decidindo abrir mão da minha primeira impressão e conhecer um pouco mais. Tive a segunda, terceira, a décima impressão. E ainda tenho várias novas. Sempre a gente conhece um pouco mais dos outros quando nos permitimos abrir mão dos nossos “PRÉ Conceitos”, quando decidimos conhecer um pouco mais, ir além do primeiro julgamento. Sempre vale a pena ir um pouco mais fundo. A gente pode se decepcionar, mas também nos surpreender. Podemos enxergar coisas novas, experimentar o que vai além da aparência inicial.

Ir além do conhecimento superficial vale a pena. Não só com as pessoas, mas com novas comidas, novos sabores, novas experiências, novas ideias, novas músicas, filmes diferentes, filosofias diferentes. Conhecer, não ocupa espaço. Ao contrário, amplia horizontes. Você pode ir um pouco além e não gostar. Mas você vai ter propriedade, razão na sua escolha. Melhor do que dizer: “Não comi e não gostei”.