sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Aos Pais... (e Mães!)


Tenho observado uma grande preocupação dos pais em relação à melhor forma de criar seus filhos. Preocupação em ter as melhores decisões, em dar a melhor educação, em ter a melhor atitude para com seus filhos. Muitas vezes se deparam em situações em que não sabem o que fazer, ficam angustiados, perdidos. Procuram acertar. Se avaliam o tempo todo. Se cobram, se culpam.
Mas o que fazer diante de um mundo tão estranho ao que vivemos na infância? Com certeza, as crianças de hoje são muito diferentes das crianças que fomos. A tecnologia, os anseios, as cobranças e os desejos são diversos. E parece que as experiências já vividas, não servem de suporte para as decisões.
Creio que o caminho para a superação destas angústias é olhar para si mesmo, ouvir a voz do coração. Mas não aquela voz que faz você se sentir culpado por trabalhar o dia inteiro e chegar só à noite em casa, e para compensar deixar seu filho fazer o que quiser. É olhar para dentro, deixar a culpa de lado e ver o que é necessário.
Do que é que seu filho precisa? De limites? De saber o que é certo e o que é errado? De um tempo maior com você, brincar junto, passear, ler uma história? É desse olhar que é necessário. As crianças não precisam ter o vídeo-game de ultima geração. Elas precisam de relacionamentos saudáveis em casa. Precisam de pais que não só falem o que elas devem fazer, mas que façam o que é certo. Os pais precisam ser exemplos de vida, modelos de atitude. Seus filhos são reflexos do que vocês são em casa.
Num mundo tão conturbado e com valores tão deturpados, a lar deve ser um refúgio. E os pais tem a maior responsabilidade em tornar isto real. Procurar deixar os problemas do trabalho no trabalho. Dedicar tempo de qualidade para a família (e não simplesmente chegar em casa, ligar a TV e “desligar” para a vida). Ter aquele momento em que você está realmente com a pessoa, com seu cônjuge, com seus filhos. Que você está disposto a ouvir, conversar, compartilhar, rir, chorar juntos. Sonhar juntos o futuro da família (aquisições, passeios, viagens, finais de semana).
Todos os pais falham, erram. Não há como evitar isso. Mas buscar dar o seu melhor faz toda a diferença. Gosto muito da frase “quando nasce uma criança, nasce também um pai, uma mãe”. Assim como uma criança nasce, vai crescendo e aos poucos aprendendo e amadurecendo, também são os pais na mesma jornada. Não existe pai e mãe prontos. Eles nascem com seus filhos, e vão crescendo com eles. A diferença é que eles já tem uma bagagem maior de experiências vividas para orientar seus filhos.
Saber investir bem o seu tempo, faz toda a diferença. Ser exemplo de vida, de conduta, vale muito mais do que mil palavras. Não se culpe por suas falhas. Busque dar o seu melhor: seu tempo e seu exemplo.

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