quarta-feira, 14 de março de 2012

Eu Adoro Minha Televisão II



Estamos na “temporada” dos reality shows na TV! E é impossível não falar sobre isso. É interessante como estes programas suscitam algumas discussões, como a recente suspeita de estupro no BBB 12. Tal ocorrido faz as pessoas comentarem e refletirem a respeito do abuso sexual, consumo de drogas, comportamento promíscuo e até mesmo da utilidade de se assistir tais programas.
Confesso que estava bem por fora de tudo isso e que precisei pesquisar um pouco para poder falar do assunto. Outro dia até consegui assistir 5 minutos do BB. Só 5 minutos? Sim! Não consegui assistir mais. Não consegui me interessar pela vida de pessoas que não fazem parte da minha vida, e que ficam discutindo banalidades, fofocas e maldades entre si. Qual é o proveito disso? Pra mim um circo de horrores, onde se legitima o interesse pela vida alheia, em detrimento à atenção à própria vida.
A banalidade é valorizada. A futilidade exibida em horário nobre. E fazemos o que? Sentamos e assistimos passivamente, deixando de usufruir de um tempo valioso com nossos amados.
Radical eu? Não sei. Mas me diga o que você aprendeu no ultimo BBB? Na “A Fazenda” ou programas parecidos que você assistiu? O que você tirou de proveitoso para sua vida no último episódio de “Mulheres Ricas”?. Se aprendeu algo legal para sua vida, por favor, me mande um e-mail. Estou muito interessada em saber (e quem sabe partilhar da ideia no próximo artigo...).
As vezes somos coniventes com o “estupro mental” dos programas de televisão. Permitimos e aceitamos ser usados como massa de manobra. Enquanto muitos se preocupam com quem vai sair no próximo “paredão”, a vida continua acontecendo. Nossos governantes discutem e aprovam leis que interferem diretamente na nossa vida. Vereadores e prefeitos fazem ou deixam de fazer coisas em nossa cidade. Pessoas precisam de nosso amor, de nossa atenção. Nossa vida continua.
E enquanto isso se faz o que?? Fica-se parado, estagnado, alheio a si mesmo e assistindo a vida alheia.
Ainda estou tentando ver se encontro algum proveito maior nisso do que cuidar e investir na própria vida. Porque enquanto assistimos à banalidades, somos violados do nosso precioso tempo. O estupro da inteligência, do tempo e do investimento naquilo que é mais precioso: nós mesmos, nossos relacionamentos... no nosso viver.

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