Estamos na “temporada” dos reality shows na TV! E é impossível
não falar sobre isso. É interessante como estes programas suscitam
algumas discussões, como a recente suspeita de estupro no BBB 12.
Tal ocorrido faz as pessoas comentarem e refletirem a respeito do
abuso sexual, consumo de drogas, comportamento promíscuo e até
mesmo da utilidade de se assistir tais programas.
Confesso que estava bem por fora de tudo isso e que precisei
pesquisar um pouco para poder falar do assunto. Outro dia até
consegui assistir 5 minutos do BB. Só 5 minutos? Sim! Não consegui
assistir mais. Não consegui me interessar pela vida de pessoas que
não fazem parte da minha vida, e que ficam discutindo banalidades,
fofocas e maldades entre si. Qual é o proveito disso? Pra mim um
circo de horrores, onde se legitima o interesse pela vida alheia, em
detrimento à atenção à própria vida.
A banalidade é valorizada. A futilidade exibida em horário nobre. E
fazemos o que? Sentamos e assistimos passivamente, deixando de
usufruir de um tempo valioso com nossos amados.
Radical eu? Não sei. Mas me diga o que você aprendeu no ultimo BBB?
Na “A Fazenda” ou programas parecidos que você assistiu? O que
você tirou de proveitoso para sua vida no último episódio de
“Mulheres Ricas”?. Se aprendeu algo legal para sua vida, por
favor, me mande um e-mail. Estou muito interessada em saber (e quem
sabe partilhar da ideia no próximo artigo...).
As vezes somos coniventes com o “estupro mental” dos programas de
televisão. Permitimos e aceitamos ser usados como massa de manobra.
Enquanto muitos se preocupam com quem vai sair no próximo “paredão”,
a vida continua acontecendo. Nossos governantes discutem e aprovam
leis que interferem diretamente na nossa vida. Vereadores e prefeitos
fazem ou deixam de fazer coisas em nossa cidade. Pessoas precisam de
nosso amor, de nossa atenção. Nossa vida continua.
E enquanto isso se faz o que?? Fica-se parado, estagnado, alheio a si
mesmo e assistindo a vida alheia.
Ainda estou tentando ver se encontro algum proveito maior nisso do
que cuidar e investir na própria vida. Porque enquanto assistimos à
banalidades, somos violados do nosso precioso tempo. O estupro da
inteligência, do tempo e do investimento naquilo que é mais
precioso: nós mesmos, nossos relacionamentos... no nosso viver.
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