Você já parou para pensar em quanto somos intolerantes e ao mesmo
tempo irracionalmente tolerantes?
Alguns fatos ultimamente me fizeram pensar a respeito. Somos
irracionalmente tolerantes quando não o devíamos ser. Aceitamos
passivamente a corrupção, a má administração pública (nas mais
diversas esferas: estadual, municipal e federal), aceitamos
tranquilamente o aumento dos impostos sem a contrapartida do governo
(saúde, educação, infraestrutura, etc.). Aceitamos o mal
atendimento de muitos estabelecimentos, com a “explicação” do
“é assim mesmo” ou “sempre foi assim”. Aceitamos a falsidade
e a fofoca (seja alheia ou a própria). Aceitamos relacionamentos
superficiais. Aceitamos os modismos, a imposição da indústria da
moda, da cultura da magreza e da beleza. Recebemos passivamente as
informações do jornal, mas pouco refletimos a respeito.

Por outro lado, somos intolerantes demais. Somos intolerantes com as
falhas das pessoas próximas. Somos intolerantes com as limitações
das pessoas, com as “pisadas de bola” dos amigos. Somos
intolerantes à dor dos outros, nos fazendo de insensíveis e
invisíveis quando alguém precisa da nossa ajuda.

Somos irracionalmente tolerantes à falta de tempo para as pessoas,
para o cuidar da mente, corpo e espiritualidade.
Somos tolerantes ao intolerável. E ridiculamente intolerantes onde
deveria haver mais flexibilidade. Vai entender...
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