terça-feira, 3 de julho de 2012

Faça Faxina!



Outro dia fui “fisgada” pelo livro “Jogue Fora 50 Coisas”. Este livro fala sobre maneiras de organizar nossa casa e nossa vida, descartando coisas sem serventia, reaproveitando outras, e ainda mais: fazendo uma faxina na alma. A ideia central do livro é que não devemos guardar, seja na casa ou na vida coisas que nos fazem mal ou não tenham utilidade. Esta ideia pode ser estendida aos relacionamentos: observo que há pessoas que buscam a todo custo manter alguns relacionamentos mesmo lhes fazendo mal. 

Há relacionamentos que nos fazem bem, mesmo havendo atritos e defeitos. Pois eles nos fazem crescer, trazem alegria, suporte para nossas dificuldades e aconchego para nossa dor. São pessoas que agregam valor positivo à nossa vida.

Há outros relacionamentos também bons, mas que podem estar esquecidos pela correria do dia a dia, pela distancia, ou pelo descaso. Como um objeto perdido no fundo de um guarda-roupa bagunçado. Relacionamentos bons, mas sem muito contato, sem muita troca, sem muito investimento. Por exemplo, um bom amigo que você não encontra sempre, mas quando encontra, é muito bom. Neste relacionamento devemos tirar o pó do esquecimento e trazer para o dia a dia, no cultivar de coisas boas.

Mas há relacionamentos que atrapalham nossa vida, como um entulho no meio da casa. Não fazem mal, nem bem, mas ficam ali, ocupando espaço e sugando nossa energia. Há outros, que nos atrapalham mesmo: tiram nossa paz, nossa autoestima, nos trazem problemas, nos magoam sucessivamente. Como um lixo velho aberto na cozinha: só a presença já incomoda.

Nestes dois tipos de relacionamentos, precisamos fazer uma faxina. Precisamos tirar da nossa vida, as pessoas que nos fazem mal. Parece injusto, imoral e dolorido (especialmente pelo julgamento e pela ideia que temos de “amar a todos”), mas é necessário. Pois permitir que uma pessoa participe da nossa vida é uma escolha. Assim como alguém que bate à porta da nossa casa, nós decidimos permitir que ela entre ou não. E não há nenhuma condenação nisso. Da mesma maneira, devemos selecionar quem vai fazer parte da nossa vida, pois perder tempo e energia com quem só nos faz mal, não vale a pena. 

 
Entendam, não é que as pessoas sejam descartáveis. Muito pelo contrário! Devemos respeitar a todos. Mas é necessário evitar relacionamentos que são negativos e cultivar os que fazem bem. Relacionamentos bons nos levam ao autoconhecimento, mesmo nos atritos, pois as diferenças nos levam a perceber como o outro é e como somos.

As vezes é difícil fazer esta “faxina”, mas acreditem: vale a pena. Vale a pena abandonar o que nos faz mal, para dar espaço para as coisas boas. Vale a pena deixar relacionamentos ruins irem embora (ou mandar embora) para que você consiga receber os “anjos” que a vida manda para você!

(Para quem se interessou pelo livro fica a dica:

Nenhum comentário:

Postar um comentário