Outro dia fui “fisgada” pelo livro “Jogue Fora 50 Coisas”.
Este livro fala sobre maneiras de organizar nossa casa e nossa vida,
descartando coisas sem serventia, reaproveitando outras, e ainda
mais: fazendo uma faxina na alma. A ideia central do livro é que não
devemos guardar, seja na casa ou na vida coisas que nos fazem mal ou
não tenham utilidade. Esta ideia pode ser estendida aos
relacionamentos: observo que há pessoas que buscam a todo custo
manter alguns relacionamentos mesmo lhes fazendo mal.
Há relacionamentos que nos fazem bem, mesmo havendo atritos e
defeitos. Pois eles nos fazem crescer, trazem alegria, suporte para
nossas dificuldades e aconchego para nossa dor. São pessoas que
agregam valor positivo à nossa vida.
Há outros relacionamentos também bons, mas que podem estar
esquecidos pela correria do dia a dia, pela distancia, ou pelo
descaso. Como um objeto perdido no fundo de um guarda-roupa
bagunçado. Relacionamentos bons, mas sem muito contato, sem muita
troca, sem muito investimento. Por exemplo, um bom amigo que você
não encontra sempre, mas quando encontra, é muito bom. Neste
relacionamento devemos tirar o pó do esquecimento e trazer para o
dia a dia, no cultivar de coisas boas.
Mas há relacionamentos que atrapalham nossa vida, como um entulho no
meio da casa. Não fazem mal, nem bem, mas ficam ali, ocupando espaço
e sugando nossa energia. Há outros, que nos atrapalham mesmo: tiram
nossa paz, nossa autoestima, nos trazem problemas, nos magoam
sucessivamente. Como um lixo velho aberto na cozinha: só a presença
já incomoda.
Nestes dois tipos de relacionamentos, precisamos fazer uma faxina.
Precisamos tirar da nossa vida, as pessoas que nos fazem mal. Parece
injusto, imoral e dolorido (especialmente pelo julgamento e pela
ideia que temos de “amar a todos”), mas é necessário. Pois
permitir que uma pessoa participe da nossa vida é uma escolha. Assim
como alguém que bate à porta da nossa casa, nós decidimos permitir
que ela entre ou não. E não há nenhuma condenação nisso. Da
mesma maneira, devemos selecionar quem vai fazer parte da nossa vida,
pois perder tempo e energia com quem só nos faz mal, não vale a
pena.
Entendam, não é que as pessoas sejam descartáveis. Muito pelo
contrário! Devemos respeitar a todos. Mas é necessário evitar
relacionamentos que são negativos e cultivar os que fazem bem.
Relacionamentos bons nos levam ao autoconhecimento, mesmo nos
atritos, pois as diferenças nos levam a perceber como o outro é e
como somos.
As vezes é difícil fazer esta “faxina”, mas acreditem: vale a
pena. Vale a pena abandonar o que nos faz mal, para dar espaço para
as coisas boas. Vale a pena deixar relacionamentos ruins irem embora
(ou mandar embora) para que você consiga receber os “anjos” que
a vida manda para você!
(Para quem se interessou pelo livro fica a dica:
Nenhum comentário:
Postar um comentário