Você já deve ter reparado que as pessoas tem altos e baixos, não é
mesmo?
Há épocas em que uma pessoa se sente feliz e realizado, e há
outros momentos que se sente desanimado, triste, sem forças ou
direção. Com certeza você já deve ter passado por isso inúmeras
vezes.
É natural, como o movimento da onda do mar, ou as ondas de
rádio, ou um desenho da frequência do coração num
eletrocardiograma.
Podemos ver que estes fenômenos são expressos
numa linha, que segue um movimento ascendente (para cima) até
atingir seu ápice e depois descendente (para baixo) até atingir o
ponto mais baixo para então novamente retomar o movimento para cima.
A harmonia, está no equilíbrio desses movimentos para cima e para
baixo.
Podemos comparar nossa vida a este movimento de subir e descer.
Infelizmente hoje, há uma cultura social de que devemos estar sempre
bem, sempre crescendo. Na nossa sociedade não há espaço para o
recolhimento de si, para a tristeza. É como se quisessem que a
amplitude dessas ondas fosse menor, ou seja: não suba tao alto
emocionalmente (não fique feliz demais) e não caia (não fique
triste demais).
Se você fica feliz demais, as pessoas se preocupam se você está
louco, ou que logo virá a queda. E sempre vem, faz parte da vida.
Mas é como se as pessoas não pudessem atingir seus ápices por
causa da consequente queda.
Da mesma maneira, a tristeza (ou o movimente descendente) também não
é aceito, tendo que logo ser apaziguado com um “remedinho”, tipo
uma fluoxetina, rivotril... Ou seja, parece que as pessoas devem
viver sempre o mediano, o mais ou menos, o estável. Mas as batidas
do coração, não seguem um movimento linear. Ao contrário, o
movimento é de picos baixos e elevados, que obedecem um ritmo de
equilíbrio entre estes picos. Num eletro, o movimento mais linear,
com menos movimento de altos e baixos, significa problemas no
coração. E o linear significa morte.
De maneira semelhante, quando não nos permitimos viver intensamente
nossas emoções, somos levados à linearidade do sem graça, do sem
sabor, do sem vida. Da morte das emoções.
As pessoas precisam entender que os altos e baixos fazem parte. É
necessário aproveitar e se deliciar com os picos altos, com as boas
emoções, com as realizações.Da mesma maneira, os momentos
“deprimidos”, que nos levam à reflexão da vida e das decisões.
Eles nos orientam também para a mudança. O incômodo é necessário
para o crescimento.
Portanto, entenda querido leitor: não busque a linearidade na vida,
não busque o “mais ou menos”, mais ou menos triste, mais ou
menos feliz. Permita-se viver suas emoções com toda a intensidade.
Quando a alegria acabar, aceite que há um ciclo que se finaliza e
outro se inicia. Isso é crescimento. Não crescemos na alegria.
Crescemos na dor. A alegria é o aprendizado com a dor, a comemoração
da superação da dificuldade. Como uma formatura: esforça-se muito
e a alegria é o sabor de uma etapa e um esforço vencido.
O equilíbrio está na manutenção da frequência destes altos e
baixos.
No próximo artigo, vamos conversar sobre como aproveitar estes
“baixos” para crescer.
Tenha uma ótima de semana!
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