A expectativa frustrada. Independente do tipo
de relação: profissional, namoro, amizade ou casamento. Normalmente
quando conhecemos alguém, desenvolvemos uma série de expectativas
em relação a ela, e estas podem ser as mais variadas possíveis.
Mas o que são estas expectativas? Na verdade são a projeção do
nosso desejo sobre a pessoa. Assim como um projetor (data show) lança
um feixe de luzes coloridas, com as características determinadas
pelo computador, e que tomam forma numa tela. Da mesma maneira
fazemos com as pessoas: nossos olhos enviam “feixes de luz” a
partir do desejo do coração (computador) sobre a pessoa (tela).
A grande diferença, é que as pessoas não são como as telas de
data show, que refletem e mostram aquilo que projetamos. Elas mesmas
são fontes de luz, de desejos e de sentimentos, como nós.
Quando projetamos nossos desejos nos outros, estamos esperando que a
pessoa responda a eles exatamente como enviamos (como a tela), tarefa
que é impossível para qualquer um, mesmo que queria. Pois cada um
carrega dentro de si uma existência única, temperada por
experiências, sentimentos, desejos e também expectativas.
Se olharmos friamente, é loucura termos expectativas sobre as
pessoas, assim como é louco esperar que água brote do asfalto. Mas
no dia a dia é o que fazemos. As vezes isso dá certo, e a pessoa
consegue atender ao nosso desejo (não exatamente, mas pode se
aproximar muito), dependendo do nosso grau de exigência. Mas na
maioria das vezes nos decepcionamos, e novamente projetamos nossa
frustração na pessoa. Como? Quando você fica decepcionado com
alguém o que normalmente pensas? “O fulano é que foi sem
vergonha! Essa pessoa é egoísta!”. Dificilmente você vai pensar:
“Na verdade esperei coisas que a pessoa não pode atender.”
Normalmente nossa tendencia é condenar e julgar a pessoa. Mas na
verdade a responsabilidade pela frustração é nossa! Pois a
expectativa fomos nós mesmos que geramos, nós que esperamos, nós
que desejamos. Quando isso não acontece, nos magoados, odiamos
(momentânea ou eternamente) a pessoa. Mas as vezes ela simplesmente
não tinha como atender isso. Na verdade não é responsabilidade de
ninguém suprir as nossas faltas, é nossa responsabilidade.
Nos frustramos quando colocamos a expectativa de que a outra pessoa é
que nos fará felizes, que vai curar nossa carência, que vai fechar
o vazio dentro de nós. Nesta expectativa sempre seremos frustrados,
porque ninguém tem este poder.
Analise suas frustrações e suas expectativas em relação às
pessoas. Será que estas foram justas? Ou a frustração cabe a você
mesmo que esperou o que o outro não tinha condições de dar?
Pense nisso!
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