segunda-feira, 9 de julho de 2012

Frustrações



Sabe o que mais dói nas pessoas quando elas se lançam num relacionamento? 
A expectativa frustrada. Independente do tipo de relação: profissional, namoro, amizade ou casamento. Normalmente quando conhecemos alguém, desenvolvemos uma série de expectativas em relação a ela, e estas podem ser as mais variadas possíveis.

Mas o que são estas expectativas? Na verdade são a projeção do nosso desejo sobre a pessoa. Assim como um projetor (data show) lança um feixe de luzes coloridas, com as características determinadas pelo computador, e que tomam forma numa tela. Da mesma maneira fazemos com as pessoas: nossos olhos enviam “feixes de luz” a partir do desejo do coração (computador) sobre a pessoa (tela).

A grande diferença, é que as pessoas não são como as telas de data show, que refletem e mostram aquilo que projetamos. Elas mesmas são fontes de luz, de desejos e de sentimentos, como nós.

Quando projetamos nossos desejos nos outros, estamos esperando que a pessoa responda a eles exatamente como enviamos (como a tela), tarefa que é impossível para qualquer um, mesmo que queria. Pois cada um carrega dentro de si uma existência única, temperada por experiências, sentimentos, desejos e também expectativas.

Se olharmos friamente, é loucura termos expectativas sobre as pessoas, assim como é louco esperar que água brote do asfalto. Mas no dia a dia é o que fazemos. As vezes isso dá certo, e a pessoa consegue atender ao nosso desejo (não exatamente, mas pode se aproximar muito), dependendo do nosso grau de exigência. Mas na maioria das vezes nos decepcionamos, e novamente projetamos nossa frustração na pessoa. Como? Quando você fica decepcionado com alguém o que normalmente pensas? “O fulano é que foi sem vergonha! Essa pessoa é egoísta!”. Dificilmente você vai pensar: “Na verdade esperei coisas que a pessoa não pode atender.”

Normalmente nossa tendencia é condenar e julgar a pessoa. Mas na verdade a responsabilidade pela frustração é nossa! Pois a expectativa fomos nós mesmos que geramos, nós que esperamos, nós que desejamos. Quando isso não acontece, nos magoados, odiamos (momentânea ou eternamente) a pessoa. Mas as vezes ela simplesmente não tinha como atender isso. Na verdade não é responsabilidade de ninguém suprir as nossas faltas, é nossa responsabilidade.

Nos frustramos quando colocamos a expectativa de que a outra pessoa é que nos fará felizes, que vai curar nossa carência, que vai fechar o vazio dentro de nós. Nesta expectativa sempre seremos frustrados, porque ninguém tem este poder.
Analise suas frustrações e suas expectativas em relação às pessoas. Será que estas foram justas? Ou a frustração cabe a você mesmo que esperou o que o outro não tinha condições de dar?
Pense nisso!

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