Outro dia, estava indo para a feira do produtor, no Jardim Curitiba e
me deparei com uma inusitada cena de estresse, em se tratando de uma
cidade tranquila como a nossa.
Descrevo: como havia grande circulação de pessoas por causa da
feira, na rua estreita, os carros estavam estacionados em ambos os
lados, permitindo a passagem de somente um carro por vez no trecho.
Houve então a confusão: um pequeno caminhão ia por um sentido,
seguido de mais três outros carros. Outro carro, vinha em sentido
contrário e ficou o impasse: ninguém podia passar. Até aí tudo
bem, se não fosse o estresse desnecessário do condutor do carro que
insistia em buzinar e brigar com o motorista do caminhão, como se
exigisse seu “direito”de passar pela rua. Ele estava tão
envolvido em “brigar” e ter razão naquela situação, que não
pode avaliar que o caminhão não tinha condições de manobrar,
visto haver carros atrás dele. Também não observou que ele poderia
manobrar seu carro e resolver o problema. A escolha do motorista, foi
continuar a buzinar e estressar a todos. Resultado? Os três carros
tiveram que dar a ré, para o caminhão manobrar e permitir a
passagem do “rei da razão”.
E o que assusta nesta cena? Assusta ver que muitos andam esquecendo
da gentileza. Hoje as pessoas estão mais preocupadas em ter razão
do que resolver pequenos problemas. Pior, quando você é gentil,
acham ruim. Quer um exemplo?
Você está subindo o calçadão, sábado perto do meio dia (muito
movimento) e você dá chance para para aquele carro que, há 5
minutos tenta sair. As pessoas que estão atrás de você normalmente
acham ruim. Achar ruim a gentileza?
Aí eu penso... custa ser gentil? Parece que as pessoas preferem
ficar com a “razão” ao invés de resolver logo um problema ou
facilitar a vida de alguém. Parece que vivemos em nossas “bolhas
da razão” que nos leva a acreditar que nossas necessidades ou
nossa pressa sejam mais importantes que os dos outros. Será? Se são
mais importantes ou não, nunca saberemos. Mas é certo que, sendo
gentil, você evita estresses. Imagine como deve ter sido o resto da
sexta-feira daquele nosso amigo motorista do começo do artigo? E
como ficou os nervos do motorista de caminhão?
Acredito que existem situações que realmente precisamos “bater o
pé” por nossos direitos. Mas nem isso justifica uma briga ou a
falta de educação. No dia a dia, não custa ser gentil. Facilita a
sua vida, e a dos outros. Traz leveza e bem estar para todos nós. Não
custa nada ser gentil!
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