terça-feira, 17 de julho de 2012

Crise eu?? Não, estou evoluindo!


Semana passada conversávamos sobre os altos e baixos da nossa vida e da importância de se viver e aceitar estes momentos como algo natural. Mas hoje quero dar um pouco mais de atenção para os “baixos”, para as dificuldades, para a crise.

Vamos convir que ninguém gosta de viver uma crise. Pois nela entramos em contato com nossas limitações, nossos defeitos e com a dor de não ser o ideal que desejamos. Neste momento podemos nos ver sem a lente do orgulho próprio, nos olhamos de maneira crua, e as vezes até cruel.

Várias coisas podem desencadear uma ¨crise”: uma decepção, uma ofensa, um fracasso, uma carência, e por aí vai. É assim mesmo. Todos entendem que faz parte da vida, mas poucos percebem este momento como crucial, como ponto de partida para o crescimento.

Há pessoas que passam pelas crises, pela tristeza sem aprender nada com elas. E normalmente se ressentem disso, atribuem a culpa aos outros, ou olham para si com piedade e dó. Sinceramente, odeio o sentimento de “dó” (mas isso fica para outro capítulo). Quando fazem isso, perdem a grande oportunidade de conhecerem a si, de conhecer sua limitação, de aprender com a dor.
A tendencia das pessoas é ir numa busca alucinatória por alegria e extinção da dor, sem passar pela fase da compreensão da dor. De entender o que está acontecendo consigo. Neste momento, poucas pessoas se perguntam: o que me levou a estar assim? O que estou fazendo comigo mesmo? Como estou lidando com isso? O que eu posso aprender?

As pessoas só querem apaziguar a dor, mas não querem entendê-la. Isso porque, entender a dor, exige olhar com mais franqueza para si, e isso não é fácil. Não é fácil responder a estas perguntas. Por outro lado, elas nos ajudam a superar, a crescer, a evoluir. Por vezes, precisamos da ajuda de alguém para entender tudo isso e encontrar um caminho. E aqui, o aconselhar-se com uma pessoa mais vivida (e sábia) pode ajudar e muito. Um psicólogo também pode ajudar neste processo de conhecer a si e entender a função da crise, da dor, neste momento.
A crise é um passo para a evolução. Mas precisamos aproveitá-la sabiamente. Viver a dor, pela dor, porque faz parte da vida, não faz sentido algum. Se buscamos amenizar nossa tristeza, sem aprender algo dela, sofremos e não ganhamos nada com isso. A dor fica de graça, não há lucro. Mas, se soubermos aproveitar estes momentos para conhecer melhor a nós mesmos, para entender nossa dificuldade e dar um passo no sentido de fazer algo diferente, de enfrentar, a provável consequência é a superação. A alegria que vem a seguir, é livre, é produtiva. Temos a sensação gostosa da superação, do crescimento, da evolução.

Viver uma crise, um momento “baixo” não é fácil. Exige coragem de enfrentar a própria dor, as limitações e os medos. Mas digo para vocês (como uma pessoa que detesta viver estes momentos, mas no final agradece por ter passado por eles): vale a pena olhar para si, e buscar crescer na crise. Sim, vale a pena!

2 comentários:

  1. Oi Iris, que bonito seu blog!!
    Legal encontrar textos simples e muito maduros!
    Virei frequentador!!!

    Bjs de Floripa
    Diogo

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    Respostas
    1. Que delícia receber um comentário assim Diogo.
      Fico honrada com suas visitas ao Blog.

      Comentários, sugestões e discussões dos assuntos, são sempre bem vindos.

      Bjs Paranaenses...
      Iris

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