Semana passada conversávamos sobre os altos e baixos da nossa vida e
da importância de se viver e aceitar estes momentos como algo
natural. Mas hoje quero dar um pouco mais de atenção para os
“baixos”, para as dificuldades, para a crise.
Vamos convir que ninguém gosta de viver uma crise. Pois nela entramos em contato com nossas limitações, nossos defeitos e com a dor de não ser o ideal que desejamos. Neste momento podemos nos ver sem a lente do orgulho próprio, nos olhamos de maneira crua, e as vezes até cruel.
Várias coisas podem desencadear uma ¨crise”: uma decepção, uma ofensa, um fracasso, uma carência, e por aí vai. É assim mesmo. Todos entendem que faz parte da vida, mas poucos percebem este momento como crucial, como ponto de partida para o crescimento.
Há pessoas que passam pelas crises, pela tristeza sem aprender nada com elas. E normalmente se ressentem disso, atribuem a culpa aos outros, ou olham para si com piedade e dó. Sinceramente, odeio o sentimento de “dó” (mas isso fica para outro capítulo). Quando fazem isso, perdem a grande oportunidade de conhecerem a si, de conhecer sua limitação, de aprender com a dor.
A tendencia das pessoas é ir numa busca alucinatória por alegria e
extinção da dor, sem passar pela fase da compreensão da dor.
De entender o que está acontecendo consigo. Neste momento, poucas
pessoas se perguntam: o que me levou a estar assim? O que estou
fazendo comigo mesmo? Como estou lidando com isso? O que eu posso
aprender?
As pessoas só querem apaziguar a dor, mas não querem entendê-la. Isso porque, entender a dor, exige olhar com mais franqueza para si, e isso não é fácil. Não é fácil responder a estas perguntas. Por outro lado, elas nos ajudam a superar, a crescer, a evoluir. Por vezes, precisamos da ajuda de alguém para entender tudo isso e encontrar um caminho. E aqui, o aconselhar-se com uma pessoa mais vivida (e sábia) pode ajudar e muito. Um psicólogo também pode ajudar neste processo de conhecer a si e entender a função da crise, da dor, neste momento.
A crise é um passo para a evolução. Mas precisamos aproveitá-la
sabiamente. Viver a dor, pela dor, porque faz parte da vida, não faz
sentido algum. Se buscamos amenizar nossa tristeza, sem aprender algo
dela, sofremos e não ganhamos nada com isso. A dor fica de graça,
não há lucro. Mas, se soubermos aproveitar estes momentos para
conhecer melhor a nós mesmos, para entender nossa dificuldade e dar
um passo no sentido de fazer algo diferente, de enfrentar, a provável
consequência é a superação. A alegria que vem a seguir, é
livre, é produtiva. Temos a sensação gostosa da superação, do
crescimento, da evolução.
Viver uma crise, um momento “baixo” não é fácil. Exige coragem de enfrentar a própria dor, as limitações e os medos. Mas digo para vocês (como uma pessoa que detesta viver estes momentos, mas no final agradece por ter passado por eles): vale a pena olhar para si, e buscar crescer na crise. Sim, vale a pena!
Oi Iris, que bonito seu blog!!
ResponderExcluirLegal encontrar textos simples e muito maduros!
Virei frequentador!!!
Bjs de Floripa
Diogo
Que delícia receber um comentário assim Diogo.
ExcluirFico honrada com suas visitas ao Blog.
Comentários, sugestões e discussões dos assuntos, são sempre bem vindos.
Bjs Paranaenses...
Iris