domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aproveite o Novo!


No artigo anterior conversávamos sobre a aventura de estar perdido, onde esta situação nos abre horizontes para encontrarmos a nós mesmos, se aproveitarmos esta oportunidade. Mas tem uma parte sobre se encontrar que eu ainda não contei: o NOVO!
Todo mundo gosta de coisas novas não é mesmo? Uma roupa nova, um carro novo, um novo trabalho...
Certo! Mas isso não é novo.
Como assim não é novo? Embora sejam coisas novas, elas nos são conhecidas, e o conhecido não é novo. O Novo, é o inédito, é o nunca visto ou experimentado por nós. Ou seja, o desconhecido. E o desconhecido nos dá muito medo. É por isso que muitas pessoas tem dificuldades de lidar com mudanças na vida. Mudança sempre é o desafio de se lançar no escuro sem saber o que vai acontecer. Angustiante, não?
Quando uma pessoa se sente perdida, ela pode optar por duas alternativas: tentar encontrar o caminho antigo e sobreviver com velhos hábitos e formas de se relacionar, ou encontrar um novo caminho. Sinceramente eu não sei o que é mais difícil: tentar ser o que sempre foi ou buscar o novo. Tentar ser o que sempre foi, é como tentar se adaptar ao inadaptável. Isso porque se, em um momento da nossa vida, nos perdemos, é sinal que aquilo que vivíamos não nos serve mais para nós, e nosso “ser” pede a mudança. E aqui, o risco de adoecer emocional e fisicamente é grande!
A mudança é o “novo”, é tentar experimentar o que nunca fez, nunca sentiu. Ficamos angustiados de início, mas logo nos acostumamos. Como no meu primeiro dia de aula, numa escola nova. Meu pai me levou para a fila que os alunos faziam para entrar na escola e foi embora. Fiquei ali numa boa até que percebi que eu não acompanhei nenhuma turma para a sala e ficando sozinha no pátio. Que horror! No auge dos meus 6 anos recém completos estava ali: no novo e totalmente perdida. Que angústia! Utilizei a formula milagrosa que as crianças tem para sair do sufoco: Chorei, claro! Alguém veio me socorrer e me acompanhou nesse primeiro dia do “novo” e logo a escola não foi mais tão assustadora assim (ainda bem!).
Por vezes, o “novo” na nossa vida, não é uma escolha. Há acontecimentos (bons e ruins) que invariavelmente nos lançam ao desconhecido, ao novo. A boa notícia é que se nos permitirmos experimentar mudar nossa forma de agir, ver e sentir a vida, amadurecemos e logo conquistamos coisas melhores para nós.
Mas ninguém precisa se lançar a esses “novos” sozinho. Quando a angústia é grande, chore, busque ajuda. Vale a pena. Como uma frase que ouvi outro dia: “o que não me mata, me deixa mais forte”. Nesse caso, ficar mais forte é uma escolha.

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